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Palmeira-anã (Chamaerops humilis L.)
Também designada vulgarmente por
Palma,
Palmeira-das-vassouras,
Palmeira-de-leque-da-europa,
Palmito-espanhol,
Leque-do-mediterrâneo e
Palmeira-vassoureira, esta espécie da família
Arecaceae distribui-se pelas duas margens do Mediterrâneo ocidental (no sul da Europa - Portugal, Espanha, França, Itália - em algumas ilhas, como Malta, e no norte de África -Marrocos, Argélia e Tunísia) e é mesmo a única palmeira nativa da Europa, sendo igualmente a única espécie do género
Chamaerops.
Reveste geralmente a forma arbustiva, não ultrapassando, por via de regra, os 4 metros e com frequência não atinge sequer tal altura, designadamente quando implantada em terrenos mais pobres. É como planta cultivada para fins ornamentais que a planta atinge maiores dimensões.
Em Portugal, a espécie surge espontânea sobretudo no Algarve, particularmente, ao longo de toda a zona do barrocal, desde o barlavento até ao sotavento, em terrenos secos e pedregosos.
Floresce de março a maio.
Planta dióica,
a polinização das suas flores é, tanto quanto é sabido, assegurada, principalmente, por um insecto que dá pelo nome de
Deleromus Chamaeropsis e, provavelmente, também pelo vento.
Os seus frutos (drupas - v. foto 4) servem de alimento a vários animais mamíferos (coelhos, raposas, texugos, além doutros) que pagam o favor, dispersando as sementes da planta.
Era usada tradicionalmente no fabrico de vassouras, de esteiras e cordas e é actualmente cultivada como planta ornamental mesmo em regiões donde não é originária. Mais importante, no entanto, que a importância económica da planta é a sua importância ecológica: graças à resistência à secura e à capacidade de regeneração após incêndios, ela contribui para evitar a erosão dos solos e a desertificação.
(Locais e datas: Foto 1: Barrocal algarvio - região de Tavira; 20- agosto - 2011; Fotos 2, 3 e 4: Barrocal - região de Portimão; 30 - agosto - 2011)
(Clicando nas imagens, amplia)