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Se cada caso é um caso, como é costume dizer-se, também cada planta tem as suas particularidades (e curiosidades) e esta
Anredera cordifolia (Ten.) Steenis (sin.:
Boussingaultia cordifolia Ten.)
da família Basellaceae, não foge à regra.
Curiosa é, desde logo, a designação comum de
Parra-da-Madeira, quando a planta é nativa da América do Sul (
endémica da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai), denominação que não é exclusivamente portuguesa, pois também é conhecida em Espanha (v.
link anterior) por
Parra Madeira e designada em língua inglesa por
Madeira vine. É pelo menos admissível que tais designações se fiquem a dever ao facto de a espécie ter eventualmente sido introduzida na Europa, através da Ilha da Madeira. Terá sido? (Pergunta sem resposta).
Trata-se de uma planta trepadeira, com interesse ornamental, dotada de grande vigor vegetativo (v. foto 2) pelo que não admira que em algumas regiões tropicais e subtropicais onde foi introduzida ela seja considerada como planta invasora. Em Portugal continental, onde também se pode encontrar, não é, no entanto, muito vulgar, pelo que, pelo menos aparentemente, não parece apresentar tal característica.
As flores (foto 3) dispõem, aparentemente, de órgãos sexuais femininos e masculinos, mas ao que parece (v. segundo link) a planta raramente (ou nunca?) se reproduz sexualmente ou produz sementes (uma primeira singularidade) pelo que a reprodução é assegurada através dos tubérculos aéreos (outra particularidade visível na foto 4) e de fragmentos dos seus rizomas.
Alegadamente, os tubérculos e as folhas são comestíveis. Como, porém, ainda não provei, não recomendo.
(Clicando nas imagens, amplia)