quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia)



Aroeira-vermelha * (Schinus terebinthifolia Raddi **)
Arbusto ou pequena árvore, com 7 a 10 m. de altura, com copa larga, com ramos ascendentes e pendentes; folhas alternas, compostas com 3-15 folíolos; flores brancas; frutos (drupas) globosos, avermelhados (quando maduros), com 4 a 5 mm de diâmetro, agrupados em cachos densos.
Planta dióica.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Anacardiaceae;
Distribuição: planta nativa da América do Sul (Brasil, Argentina e Paraguai), entretanto introduzida como planta ornamental noutras partes do globo, onde se naturalizou e com tanto sucesso que, em algumas regiões, acabou por se comportar como planta invasora, vindo a ser considerada como tal.
Não parece ser o caso de Portugal, onde, ao que suponho, não se encontra naturalizada.
Floração: de Junho a Agosto.
* Outros nomes comuns: Aroeira-do-sertão; Aroeira-mansa; Aroeira-pimenteira; Aroeira-precoce; 
** Sinonímia: Sarcotheca bahiensis Turcz.; Schinus antiarthriticus Mart. ex-Marchand; Schinus mellisii Engl.; Schinus mucronulatus Mart.
(Avistamento: Almada; 6 - Novembro - 2022)
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Feto-pé-de-galinha (Adiantum hispidulum)

Feto-pé-de-galinha (Adiantum hispidulum Sw.)
Planta perene, rizomatosa.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Pteridaceae;
Distribuição: planta nativa do Leste de África, (África do Sul, Moçambique, Malawi, Quênia, Tanzânia, e Etiópia, bem como Madagascar e Comores, Ilhas Maurícias); do Sul e Sudeste da Ásia (Sri Lanka, Malásia, Singapura, Indonésia e Filipinas);  da Austráilia, da Nova Zelândia e de várias outras ilhas do Pacífico. Como espécie introduzida ocorre nos Estados Unidos da América e na Macaronésia (arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias).
Em Portugal, ocorre como espécie introduzida e naturalizada nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Inexistente no território do Continente.
Ecologia/habitat:  muros e taludes à beira de estradas e caminhos; paredes rochosas nas margens de pequenos cursos de água e na orla de bosques e florestas.
Época de reprodução (Açores): Julho e Agosto.
(Avistamento: ilha do  Pico (Açores); 30 - Julho - 2017)
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Trevo-tomentoso (Trifolium tomentosum)






Trevo-tomentoso (Trifolium tomentosum L.)
Erva anual, glabra, excepto no cálice (lanoso). Caules erectos, ascendentes ou decumbentes, podendo atingir até 35 cm de comprimento; folhas alternas, estipuladas, pecioladas (longamente as da base), trifoliadas, com folíolos quase sésseis, serrilhados; estípulas membranáceas, aderentes na base ao pecíolo; inflorescências axilares, capituliformes, com 6 a 9 mm de diâmetro, na floração, globosas na frutificação; flores com corola rosada, glabra, maior que o cálice; frutos (vagens) incluídos no cálice, indeiscentes, com 1 a 2 sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Sul da Europa, Sudoeste da Ásia, Noroeste de África e Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias).
Em Portugal ocorre, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, como ficou dito, quer ao longo de todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: prados e pastagens; bermas de estradas e caminhos e outros terrenos pisoteados, a altitudes até 1500m.
Floração: de Março a Julho.
[Avistamento: Raposeira - Trafaria (Almada); 17 - Março - 2021]
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Silva-mansa (Rubus hochstetterorum)




Silva-mansa (Rubus hochstetterorum Seub.)
Subarbusto escandente, com caule lenhoso, espinhoso, podendo atingir até cerca de 2 m de altura/comprimento; folhas com três folíolos, com pecíolo espinhoso; inflorescências em cacho; flores hermafroditas, pentâmeras, com pétalas brancas ou levemente rosadas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Rosaceae;
Distribuição: planta endémica do arquipélago dos Açores, presente em todas as ilhas, com excepção da Graciosa.
Ecologia/habitat: orlas de floresta, sebes, pastagens, com frequência a altitudes acima de 500m.
Floração: de Maio a Agosto.
[Avistamento: ilha das Flores  (Açores); 6 - Maio - 2016]
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domingo, 5 de fevereiro de 2023

Araçá (Psidium cattleyanum)







Araçá ou Araçá-rosa * (Psidium cattleyanum Sabine)
Pequena árvore muita ramificada, que, por via de regra, não ultrapassa 6 m. de altura.
Família: Myrtaceae;
Tipo biológico: fanerófito;
Distribuição: planta originária do Brasil, entretanto introduzida e naturalizada nas regiões tropicais do oceanos Índico e Pacífico e com tanto êxíto que, nessas regiões, é, com frequência, considerada como planta invasora.
Em Portugal ocorre apenas nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, onde terá sido introduzida, a meu ver, sobretudo para fins ornamentais. Nestes arquipélagos a planta não assume, no entanto, características de planta invasora.
Nota: os frutos são comestíveis, podendo ser consumidos, quer em natureza, quer depois de transformados em geleia ou noutros produtos doces.
* Outros nomes em uso no Brasil: "araçá-de-coroa, araçá-da-praia, araçá-de-comer, araçá-do-campo, araçá-do-mato, araçá-pera, araçapiranga ou araçá-vermelho" (fonte)
(Avistamento: Ilha de S. Jorge - Açores; 24 - Julho - 2017)
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Fagopyrum dibotrys




Fagopyrum dibotrys (D.Don) Hara
Erva rizomatosa, perene, com caules erectos, muito ramificados, glabros, podendo atingir até cerca de 100cm de altura; folhas pecioladas, com limbo triangular, hastado ou cordado na base e acuminado no ápice; ócreas com 8 a 15 mm; flores com tépalas brancas, agrupadas em inflorescências corimbosas, terminais ou axilares; frutos (nozes) trígonos, com ângulos agudos e com 6 a 8 mm de comprimento.
Tipo biológico: geófito;
FamíliaPolygonaceae;
Distribuição: planta originária da Ásia (China, Butão, Nepal, Índia, Paquistão, Birmânia e Vietname) introduzida noutras partes do globo, designadamente na Europa, América do Norte e Nova Zelândia.
Em Portugal ocorre apenas como espécie introduzida e circunscrita ao arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat (Açores): "Bermas de estrada, terrenos ruderalizados, clareiras de bosques de incenso" (fonte).
Floração (Açores): de Julho a Setembro.
(Avistamento: Ilha de S. Jorge (Açores); 24 - Julho 2017)
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Aster squamatus






Estrela-comum ou Mata-jornaleiros [Aster squamatus (Sprengel) Hieron]
Erva anual ou bienal, glabra, com caule erecto, podendo atingir até cerca de 100 cm de altura; folhas lineares ou linear-lanceoladas, inteiras, sésseis; flores liguladas, as exteriores, tubulosas, as do centro, agrupadas em pequenos capítulos dispostos em panículas pouco densas; frutos: cipselas com papilho.
Tipos biológicos: terófito ou hemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae);
Distribuição: planta nativa da América Central e da América do Sul. Introduzida e naturalizada na Europa. Em Portugal, onde tem comportamento e estatuto de espécie invasora (Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 Julho), ocorre em todo o território do Continente e também nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: planta ruderal, com ocorrência em bermas de estradas e caminhos, baldios, ruas, praças e sítios perturbados em zonas urbanas; e em terrenos salgadiços.
Floração: De Maio a Novembro.
(Avistamento: Foz do Arelho (Caldas da Rainha) ; 29 - Agosto - 2012)
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sábado, 28 de janeiro de 2023

Planta-espelho (Coprosma repens)


Planta vulgarmente designada por Planta-espelho (com o nome científico de Coprosma repens A. Rich. ( sin. Coprosma baueriana Hook. f.; Coprosma baueri auct. non Endl. ; Coprosma retusa Hook. f; e Coprosma stockii Williams)] é originária da Nova Zelândia. É cultivada noutras paragens, incluindo em Portugal, como planta ornamental, sendo conhecidas diversas variedades.
Classificação: Divisão: Magnoliophyta; Classe: Magnoliopsida; Ordem: Gentianales; Família: Rubiaceae; Género: Coprosma; Espécie:Coprosma repens.
(Avistamento: Almada: 28. Janeiro - 2023)
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Ésula-menor (Euphorbia exigua)

Ésula-menor ou Titímalo-menor (Euphorbia exigua L.)
Planta anual, glabra; caules com 2 a 30 cm, folhosos, geralmente erectos, eventual e raramente prostrados, simples ou ramificados desde a base, com ou sem ramos laterais férteis; folhas com formas variadas: lineares. linear-elípticas, linear-cuneiformes, ou elípticas; sésseis ou subsésseis; inteiras com ápice que pode ser agudo, obtuso, retuso, emarginado ou tricúspide; pleiocásio com 2 a 5 raios, bifurcados 1 a 3 vezes; ciátio com nectários amarelados ou avermelhados, com 2 apêndices divergentes; fruto ovóide ou subgloboso, com sulcos pouco pronunciados, com lóculos arredondados, marcados com pontos ao longo da linha dorsal; sementes subovóides, castanho-acinzentadas ou esbranquiçadas, podendo apresentar-se: 
i. pouco ou nada comprimidas, sem sulcos transversais, mas com tubérculos cónicos ou cilíndricos (caraterísticas próprias da subespécie nominal: Euphorbia exigia subsp. exigua L.)
ii.  ou fortemente comprimidas, com 2 a 4 largos sulcos tranversais e, eventualmente, algum túberculo (características da subespécie Euphorbia exigua subsp. merinoi M.Laínz)
Tipo biológico: terófito;
Família: Euphorbiaceae;
Distribuição: Europa, Oeste da Ásia, Norte de África e Macaronésia.
Em Portugal a subespécie nominal ocorre, como espécie autóctone, em todo o terrítório do Continente, bem como no arquipélago da Madeira e, como espécie introduzida, no arquipélago dos Açores. A subespécie merinoi tem uma distribuição mais limitada, pois apenas é dada como ocorrendo, como planta autóctone, em parte do território do Continente.
Ecologia/habitat:
i. para a subespécie nominal: pastagens anuais em solos pobres, frequentemente ruderalizados, como baldios, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1700m. Indiferente à natureza do solo.
ii. para a subespécie merinoi: pastagens anuais em solos de origem calcária, xistosa, arenosa ou serpentínica, a altitudes desde 30 até 700 m.
Floração: de Março a Julho.
(Avistamento: Almada; 15 - Abril - 2021)
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Inaugurando a época das orquídeas: Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)


Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge] 
Família: Orchidaceae;
Sinonímia: Orchis robertiana Loisel.; Barlia robertiana (Loisel.) Greuter;
Mais informação: aqui.
[Avistamento: Costa da Caparica (Almada); 23 - Janeiro - 2023]
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Aroeira (Pistacia lentiscus)







AroeiraLentisco e  Lentisqueira são alguns dos nomes comuns dados a esta planta em Portugal, com o nome científico de Pistacia lentiscus L. 
Pertence à Classe das Magnoliopsida; Ordem: Sapindales; Família: Anacardiaceae; Género: Pistacia.
É um arbusto de folha persistente que cresce espontaneamente em toda a região mediterrânica e nas Ilhas Canárias, em terrenos secos e de matagal. É uma planta dióica. Os seus frutos são pequenos não tendo mais que 4 ou 5 mm de diâmetro e, pelo menos em Portugal, tanto quanto sei, não são utilizados para qualquer finalidade.
Desta planta extrai-se, no entanto, através de cortes no tronco, uma resina aromática denominada almácega que na época clássica era utilizada como goma de mascar, sendo ainda usada actualmente no fabrico de cosméticos e licores, em medicina dentária e em pastelaria e confeitaria.
A Aroeira também vem sendo utilizada como planta ornamental.
Como curiosidade, assinale-se que existe na freguesia da Charneca da Caparica, concelho de Almada, uma zona a que foi dado o nome de "Aroeira".
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Reseda lutea subsp. lutea









Reseda lutea subsp. lutea L. *
Planta anual ou perenizante, multicaule, com talos erectos ou ascendentes, papilosos, ramificados desde a base, podendo atingir até cerca 100cm de altura; folhas basais dispostas em roseta, pecioladas, em geral, inteiras; as caulinares trisectas, com segmentos lineares ou linear-lanceolados com margem plana ou ondulada, papiloso-escábrida, por vezes, com um ou vários dos segmentos bissectos; inflorescência em cacho especiforme, densa; flores com 6 sépalas persistentes e 6 pétalas unguiculadas, amarelas; cápsula (fruto) erecta, por vezes, pêndula, cilíndrica ou oblonga, papilosa ou glabra, trígona, truncada no ápice e ligeiramente tridentada; sementes ovóides, lisas, escuras, brilhantes, carunculadas, com carúncula bem marcada.
Tipos biológicos: terófito ou hemicriptófito;
Família: Resedaceae;
Distribuição: Centro, Sul e Oeste da Europa, Norte de África, Sudoeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida e naturalizada na América.
Em Portugal, ocorre como espécie autóctone apenas no território do Continente, de forma dispersa, sendo mais comum nas regiões a sul do Tejo (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo), sendo rara nas regiões a norte do Tejo e mesmo inexistente em algumas delas.
Ecologia/habitat: planta arvense, viária e ruderal, presente em campos cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, com preferência por solos básicos, a altitudes até 1600m.
Floração: ao longo de quase todo o ano, com maior intensidade de Março a Agosto.
* Sinonímia: Reseda ramosissima Pourr. ex Willd.
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