sábado, 31 de maio de 2025

Trevinho (Trifolium dubium)





Trevinho ou Trevo-amarelo-menor (Trifolium dubium Sibth.)

Erva anual, glabra ou pubescente, com caules erectos, ascendentes ou decumbentes, podendo atingir até 50 cm de comprimento; folhas alternas, estipuladas, pecioladas (com pecíolo até 2 cm), trifoliadas, com folíolos obovados, peciolados, serrilhados na parte apical, obtusos, truncados ou emarginados; inflorescências axilares, pedunculadas, com 6 a 9 mm de diâmetro na floração, espigadas, subcilíndricas ou cônicas, com 5 a 30 flores pediceladas, estas com corola amarela, acastanhada quando seca, glabra, persistente após a frutificação; fruto (vagem) incluído no cálice, indeiscente, com 1 a 2 sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Europa, a latitudes inferiores a 60º N; Sudoeste da Ásia; Noroeste de África e Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias).
Em Portugal ocorre, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, quer ao longo de todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: prados e pastagens anuais; bermas de estradas e caminhos, preferentemente em terrenos siliciosos, por vezes temporariamente encharcados, a altitudes até 1700m.
Floração: de Março a Julho.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Soagem-viperina (Echium tuberculatum)



Soagem-viperina *(Echium tuberculatum Hoffmanns. & Link)
Erva bienal com 40 a 130 cm, unicaule ou multicaule, com caules erectos, simples, rara e escassamente ramificados, com indumento duplo formado por pêlos compridos e rígidos e por abundantes pêlos curtos, adpresos e retrorsos; folhas com indumento duplo (pêlos rígidos curtos, erecto-patentes, com base pustulada e abundantes pêlos curtos, aplicados, antrorsos), as inferiores dispostas em roseta basal, estreitando-se gradualmente terminando num pecíolo curto; as caulinares médias, sésseis, estreitamente elípticas ou lanceolado-elípticas; as superiores estreitamente oblongas, com uma base ligeiramente alargada; inflorescência em forma de espiga, aproximadamente cilíndrica, com numerosas cimeiras densas e ligeiramente curvadas na floração; flores marcadamente zigomorfas, com corola estreitamente infundibuliforme, de cor azul, azul-violeta ou azul-avermelhada, com pêlos distribuídos por toda a superfície externa, sendo, porém, mais compridos os dispostos nas nervuras; 2, 3 ou 4 estames a sobressair ligeiramente do interior da corola, tal como o estilete que é também mais comprido que a corola.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Boraginaceae;
Distribuição: Oeste de Península Ibérica e Norte de África.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone no Centro e Sul do território do Continente.
Ecologia/habitat: terrenos relvados em substratos preferentemente arenosos, a altitudes até 500m.
Floração: de Março a Agosto.
[Avistamento: Cabo Espichel (PNArrábida); 6 - Maio - 2025]

sábado, 17 de maio de 2025

Buglossa-arvense [Anchusa arvensis]



Buglossa-arvense *[Anchusa arvensis (L.) M.Bieb.**]

Erva anual, unicaule ou multicaule, com 20 a 70 cm, com denso revestimento de pêlos rígidos e compridos (híspidos), com caules erectos, ramificados na parte superior; folhas com pêlos compridos patentes e outros curtos; as inferiores (com 20 x 2 cm) pecioladas, estreitas, oblanceoladas, com margem sinuado-dentada, obtusas, mucronadas; as médias e superiores (com 8 a 12 x 2 cm) decurrentes, oblongas, agudas, com margem ondulada ou sinuado-dentada; inflorescências em cimeira, densas, com até 7 cm na frutificação; flores com cálice com indumento híspido e corola azulada, com 4 a 6 mm de diâmetro.
Tipo biológico: terófito;
Família: Boraginaceae;
Distribuição: em grande parte da Europa, com excepção do Sudeste.
Em Portugal ocorre espécie autóctone apenas no território do Continente e circunscrita à região de Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: campos cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, em substratos ácidos ou básicos, a altitudes desde 400 até 1200m.
Floração: de Maio a Agosto
*Outros nomes comuns: Língua-de-vaca, Blugossa-do-norte
**Sinonímia: Lycopsis arvensis L. (basónimo).
(Avistamento: concelho de Vinhais - Trás-os-Montes; 18 - Junho - 2019)

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Trevo-branco (Trifolium arvense)

 



Trevo-branco ou Pé-de-lebre (Trifolium arvense L.)

Erva anual, glabra ou pubescente, com caules erectos, com altura até 50 cm; folhas alternas, estipuladas, pecioladas (pecíolos com até 50 mm), trifoliadas, com folíolos elípticos (pelo menos, 3 vezes mais compridos que largos) inteiros ou denticulados na parte apical; inflorescências em espiga, ovóides ou cilíndricas, axilares, solitárias e pedunculadas, com flores de cálice campanulado e corola menor que o cálice, branca ou rosada, com pétalas unidas na base; fruto (vagem) incluso no cálice, indeiscente, com uma única semente. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae); 
Distribuição: Europa, Sibéria, Ásia Ocidental, Norte e Leste de África e Macaronésia (Madeira e Canárias). 
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida no arquipélago dos Açores;
Ecologia/habitat: pastagens e outros relvados, em sítios secos, geralmente em solos arenosos, a altitudes até 2200m;
Floração: de Março a Setembro.
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 13 - Maio  2025)

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Plantas ornamentais: Coreopsis lanceolata



Coreopsis lanceolata L.
Planta cespitosa, perene, multicaule, podendo atingir até 60 cm de altura. Folhagem densa, com folhas lanceoladas. Flores amarelas, as externas com lígulas com margem dentada, agrupadas em capitulos longamente pedunculados.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta originária da América do Norte (desde o Sudeste do Canadá até ao Leste e Centro do Estados Unidos). Introduzida como planta ornamental noutras partes do globo e, entretanto, naturalizada na Austrália, no Sudeste de África, na Europa Central e no Sul do Brasil.
Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada, para fins ornamentais, salvo no arquipélago dos Açores onde se encontra naturalizada.
Floração: de Abril a Junho.
(Avistamento: Casa da Cerca - Almada; 8 - Maio  2025)

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Plantas ornamentais:Euryops chrysanthemoides

 
Euryops chrysanthemoides ( DC. ) B.Nord.*
Arbusto denso, muito ramificado, podendo atingir até cerca de 1 a 2 m de altura.
Tipo biológico: caméfito.
Família. Asteraceae / Compositae;
Distribuição: espécie originária do Sul de África, entretanto introduzida e cultivada para fins ornamentais em numerosas regiões do globo, onde eventualmente se naturalizou, hipótese que suponho não se terá verificado em Portugal, onde ocorre, se não erro, apenas como planta cultivada.
Floração (em Portugal) ao longo de boa parte do ano, mas com intensidade variável.
* SinonímiaGamolepis chrysanthemoides DC. (Basónimo)
[Avistamento: Almada (cidade); 29 - Abril - 2025]

terça-feira, 29 de abril de 2025

Plantas ornamentais: Phlox subulata

 



Phlox subulata L.

Erva perene, rasteira, que tende a alastrar pelo terreno envolvente, formando tapetes que podem atingir até 50 cm de largura.
Família: Polemoniaceae;
Distribuição: planta originária do Leste e Centro dos Estados Unidos da América, actualmente com larga presença noutras partes do planeta, onde foi introduzida para fins ornamentais e entretanto ali naturalizada.
Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada para fins ornamentais.
Floração (em Portugal): de Abril a Junho.
[Avistamento: Almada (cidade), 28 - Abril - 2025]

domingo, 27 de abril de 2025

Escabiosa-das-areias (Pycnocomon intermedium)





Escabiosa-das-areias [Pycnocomon intermedium (Lag.) Greuter & Burdet]
Erva perene (tipo biológico: caméfito) da família Dipsacaceae, frequentemente multicaule, com caules mais ou menos erectos, ramificados, que podem atingir até 90 cm; folhas com formas diversas, desde penatipartidas ou penatissectas a inteiras; flores desiguais (as externas com maiores dimensões), todas com corola geralmente rosada, agrupadas em capítulos localizados no extremo de longos pedúnculos.
Distribuição: é um endemismo ibérico que ocorre no Sul e Sudoeste da Península. Em Portugal está presente no Algarve, Alto e Baixo Alentejo e Estremadura.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem em solos arenosos do litoral e do interior, a altitudes até aos 250m.
Floração: de Abril a Agosto.
(Mata dos Medos - Charneca da Caparica - Almada; 23 - Abril - 2025)

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Serapião-de-língua-pequena (Serapias parviflora)






Serapião-de-língua-pequena (Serapias parviflora Parl. *) 

Erva perene (tipo biológico: geófito) com 2 a 5 tubérculos; caules verdes com 15 a 35 cm; folhas (4 a 8) linear-lanceoladas; inflorescências mais ou menos densas com 3 a 8 flores. Muito semelhante no hábito às suas congéneres S. lingua e S. strictiflora, as dúvidas sobre a espécie em presença só são completamente esclarecidas com a observação do formato do labelo e da verificação do número e forma das calosidades existentes no hipoquilo (2 no caso da S. parviflora e 1 no caso da S. lingua e da S. strictiflora
Distribuição: grande parte da Europa e Canárias. Em Portugal encontra-se em boa parte do território do Continente, sendo, aparentemente, mais vulgar no Centro e Sul.
Ecologia/habitat: pastagens e clareiras de matos e bosques, a altitudes até 1100m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Março a Junho.
*Sinonímia: Serapias occultata J. Gay
(Local: Parque da Paz - Almada; 22 - Abril - 2025)

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Serapião-de-língua-estreita (Serapias strictiflora)

 



Serapião-de-língua-estreita (Serapias strictiflora Welw. ex Veiga)

Erva perene (tipo biológico: geófito) com 1-3 tubérculos; caule verde, com 10 a 36 cm de altura; folhas (3 a 6) linear-lanceoladas, com as superiores (1 ou 2) bracteiformes; flores (1 a 4) agrupadas numa espiga geralmente pouco densa.
Embora para quem esteja familiarizado com o género Serapias seja relativamente fácil distinguir as diversas espécies que ocorrem em Portugal, já quanto aos leigos na matéria se não poderá dizer o mesmo, pelo menos em relação a 3 destas espécies (S. parvifloraS. lingua e S. strictiflora) que têm bastantes semelhanças. Para remover eventuais dúvidas recomenda-se que se observe o formato do labelo e se atente no número e forma das calosidades existentes no hipoquilo (2 no caso da S. parviflora e 1 no caso da S. lingua e da S. strictiflora)*. 
Família:Orchidaceae;
Distribuição: Sudoeste da Europa e Noroeste de África. 
Em Portugal a espécie ocorre apenas no território do Continente e, ao que parece, circunscrita  apenas ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo.
Ecologia/habitat: prados; pastagens e clareiras de matos, em terrenos, pelo menos temporariamente húmidos e, em geral, sobre substratos arenosos, a altitudes até 400m.
Floração: de Março a Maio.
(Avistamento: Feij´8Almada) - Montijo; 10 - Abril - 2025)

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Erva-perceveja, ou Erva-do-salepo (Orchis coriophora)




 Erva-perceveja, ou Erva-do-salepo  (Orchis coriophora L.)
Erva vivaz (tipo fisionómico: geófito) tuberosa (com dois tubérculos subglobosos); com hastes  floríferas de 10 a 35 cm, rodeadas na base por bainhas foliares escariosas; as folhas basais, mais ou menos em roseta, de lineares a linear-lanceoladas, glabras; as caulinares progressivamente mais curtas, com as distais bracteíformes; inflorescência subcilíndrica, densa, com 12 a 30 flores pequenas, rosadas ou purpúreas, com manchas irregulares, extensas, mais salientes e visíveis no labelo que se apresenta divido em três lóbulos.
FamíliaOrchidaceae.
Distribui-se por quase toda a Europa, Oeste da Ásia e Norte de África, desde a Líbia até Marrocos. Em Portugal ocorre em grande parte do território do Continente (desde o Algarve até Trás-os-Montes).  Aparentemente, ausente no Alto e Baixo Alentejo e no Minho.
Habitat: Prados, clareiras de matos e bosques, em zonas com alguma humidade, sobre substratos calcários ou siliciosos.
Floração: de Março a Junho.
(Parque Narutral  Arrábida; 8 - Abril - 2025)

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Época das orquídeas silvestres (2025): Limodoro-mal-feito (Limodorum abortivum)



 Limodoro-mal-feito [Limodorum abortivum (L.) Sw.]
Planta da família Orchidaceae, nativa da Europa, ditribuindo-se desde Portugal, a Oeste, até ao Cáucaso, a Leste, e do Mediterrâneo, a Sul, até à Belgica, a Norte, sendo que é mais abundante no Sul do que a Norte, onde surge raramente. No Sul, floresce de Abril a Maio, podendo, no Norte, a floração ir até Julho. 
Aviistamento: Parque da Paz - Almada; 5 - Abril - 2025)

sábado, 5 de abril de 2025

Tulipa-brava (Tulipa sylvestris subsp. australis)



Tulipa-brava [Tulipa sylvestris subsp. australis (Link) Pamp.]
Planta herbácea, vivaz, bolbosa.
Tipo biológico: geófito;
Família: Liliaceae.
Distribuição: Europa (Centro, Sul e  Oeste); Ásia (Oeste e Centro Oeste); Norte de África.
Em Portugal distribui-se desde o Sul até ao Norte do território do Continente, mas de forma descontínua.
Ecologia/habitat: prados e outros relvados; orlas e  clareiras de matagais e bosques; fissuras de rochas, frequentemente em terrenos rochosos e/ou pedregosos de substrato calcário, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
(Avistamento: Parque Natural da Arrábida; 28 - Março - 2025)

sábado, 29 de março de 2025

Ornithogalum bourgaeanum





Ornithogalum bourgaeanum Jord. & Forr.

Planta herbácea, perene, bolbosa, com bolbo esférico ou ovóide, em geral solitário, por vezes, acompanhado por alguns outros pouco numerosos, resultantes da divisão do bolbo principal; haste floral verde, com 3 a 18 cm de altura; folhas (4 a 10 por cada haste) todas basais e aproximadamente lineares; inflorescência corimbo-racemosa com 3 a 25 flores brancas, mas com uma larga faixa longitudinal verde na parte central do dorso; cápsula ovóide ou obovóide, truncada no ápice, com seis nervuras agrupadas aos pares.
Tipo biológico: geófito;
Família: Asparagaceae;
Distribuição: Península Ibérica e Ilhas Baleares; França (Maciço Central); Alpes italianos e franceses.
Ecologia/habitat: Pastagens de montanha e clareiras de bosques e de matagais, em locais com boa exposição solar e clima ameno, em solos pedregosos de qualquer natureza, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
[Avistamento: Parque Natural da Arrábida (Sesimbra; freg. Castelo); 26  - Março - 2025]