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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Silva-mansa (Rubus hochstetterorum)




Silva-mansa (Rubus hochstetterorum Seub.)
Subarbusto escandente, com caule lenhoso, espinhoso, podendo atingir até cerca de 2 m de altura/comprimento; folhas com três folíolos, com pecíolo espinhoso; inflorescências em cacho; flores hermafroditas, pentâmeras, com pétalas brancas ou levemente rosadas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Rosaceae;
Distribuição: planta endémica do arquipélago dos Açores, presente em todas as ilhas, com excepção da Graciosa.
Ecologia/habitat: orlas de floresta, sebes, pastagens, com frequência a altitudes acima de 500m.
Floração: de Maio a Agosto.
[Avistamento: ilha das Flores  (Açores); 6 - Maio - 2016]
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domingo, 5 de fevereiro de 2023

Araçá (Psidium cattleyanum)







Araçá ou Araçá-rosa * (Psidium cattleyanum Sabine)
Pequena árvore muita ramificada, que, por via de regra, não ultrapassa 6 m. de altura.
Família: Myrtaceae;
Tipo biológico: fanerófito;
Distribuição: planta originária do Brasil, entretanto introduzida e naturalizada nas regiões tropicais do oceanos Índico e Pacífico e com tanto êxíto que, nessas regiões, é, com frequência, considerada como planta invasora.
Em Portugal ocorre apenas nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, onde terá sido introduzida, a meu ver, sobretudo para fins ornamentais. Nestes arquipélagos a planta não assume, no entanto, características de planta invasora.
Nota: os frutos são comestíveis, podendo ser consumidos, quer em natureza, quer depois de transformados em geleia ou noutros produtos doces.
* Outros nomes em uso no Brasil: "araçá-de-coroa, araçá-da-praia, araçá-de-comer, araçá-do-campo, araçá-do-mato, araçá-pera, araçapiranga ou araçá-vermelho" (fonte)
(Avistamento: Ilha de S. Jorge - Açores; 24 - Julho - 2017)
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Sanguinho (Frangula azorica)

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Sanguinho (Frangula azorica V. Grubow)
Pequena árvore que raramente atingirá 12 m de altura, de copa bastante aberta, com as folhas concentradas na ponta dos ramos. O fruto é uma baga.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Rhamnaceae;
Distribuição: planta endémica do arquipélago da Madeira [onde, segundo se supõe, se encontra já extinta na natureza (fonte)] e do arquipélago dos Açores (onde ocorre em todas as ilhas, com excepção da  Graciosa).
Ecologia/habitat: espécie integrante da floresta nativa (laurissilva) ocorre a altitudes desde 100 a 900m, preferindo sítios húmidos e abrigados.
Floração: ocorre por volta do mês de Maio.
[Locais e datas dos avistamentos: Ilha de S. Jorge; 24 - Julho - 2017 (fotos 1 a 5); Ilha do Pico; 28 - Julho - 2017 (fotos restantes)]
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Feto-azevinho (Cyrtomium falcatum)






Feto-azevinho [Cyrtomium falcatum (L. f.) C. Presl. *]
Feto com rizoma bem desenvolvido, coberto de escamas de cor castanho-clara; frondes que podem atingir para cima de 50 cm.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Dryopteridaceae;
Distribuição: nativa do Leste da Ásia, incluindo China e Japão, esta espécie foi introduzida para fins ornamentais em diversas partes do globo, onde acabou por se naturalizar. Tal aconteceu também no Arquipélago da Madeira (onde está presente nas Ilhas Selvagens e na da Madeira) e no Arquipélago dos Açores, onde ocorre em todas as ilhas e onde lhe é dada a designação de Feto-azevinho (fonte), designação que, como se admite aqui, encontra justificação no facto de apresentar "folíolos (...) coriáceos, pontiagudos e de margens onduladas, que fazem lembrar o azevinho". 
Ecologia/habitat: fendas de rochas em arribas litorais; cavidades de muros e de paredes em áreas ruderais;  terrenos de mato e bosques em zonas costeiras.
Reprodução: ao longo de uma boa parte do ano, mas com maior intensidade, de Abril a Junho.
*Sinonímia: Polypodium falcatum L. f. (basónimo).

[Imagens vindas de ilhas do Açores, (S. Miguel; Flores; Corvo; S.Jorge e Pico)]
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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Asplenium marinum






Asplenium marinum L.
Feto com rizoma oblíquo, curto, ramificado, coberto de escamas linear-lanceoladas, de cor castanha escura ou clara; frondes que podem atingir até cerca de 50 cm, com pecíolo menor que a lâmina, de cor castanha (avermelhada ou escura); lâmina uni-pinada, oblongo-lanceolada, coriácea, com pinas ovadas ou oblongas, estas com margem dentada, crenada ou serrada, dispostas (até 40) ao longo de cada um dos lados do ráquis; soros oblongos, distribuídos 6 a 12 por cada pina.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Aspleniaceae;
Distribuição: litoral atlântico europeu e litoral da Região Mediterrânica Ocidental e da Macaronésia.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, quer no Continente (ao longo do litoral desde o Cabo de S. Vicente até ao Rio Minho), quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: fendas de rochas (calcárias, siliciosas e basálticas) em arribas marítimas fora da zona de rebentação
Reprodução: de Março a Novembro.
[Locais e datas: ilhas das Flores e do Corvo (Açores); 5/6 - Maio - 2016]
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Exóticas nos Açores (V): Doodia caudata




Doodia caudata (Cav.) R.Br.
Feto da família Blechnaceae, originário da Austrália e da Nova Zelândia, introduzido nos Açores,  provavelmente para fins ornamentais, encontra-se actualmente naturalizado em todas as ilhas do arquipélago, com excepção da ilha das Flores.
[Local e data: ilha de S. Jorge (Açores); 24 - Julho - 2017]

domingo, 17 de dezembro de 2017

#Exóticas nos Açores (IV): Tapete-inglês (Polygonum capitatum)



Tapete-inglês (Polygonum capitatum Buch.-Ham. ex D.Don)
Planta perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Polygonaceae.
Distribuição: é originária dos Himalaias e do Leste da Ásia. Planta com interesse ornamental foi introduzida e encontra-se naturalizada noutras partes do mundo, incluindo em Portugal (Continente, e arquipélagos dos Açores e da Madeira). Nos Açores e designadamente em duas ilhas que visitei recentemente - Pico e S. Jorge - a planta é não só muito comum, como revela ter características para se comportar como a planta invasora.
Ecologia/habitat: taludes e bermas de estradas e caminhos, muros e pastagens, em locais húmidos, a altitudes (nos Açores) até a 800m.
Floração: ao longo do ano, com maior intensidade de Março a Setembro.
(Local e data: Ilha de S. Jorge; 23 - Julho - 2017)
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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Feto-de-cabelinho (Culcita macrocarpa)








Feto-de-cabelinho *(Culcita macrocarpa C.Presl **)
Feto perene com rizoma grosso e rastejante, ultrapassando, por vezes, 1 metro de comprimento, protegido por tricomas ou páleas piliformes, ferrugíneas, numerosíssimas; frondes (folhas) que podem atingir mais de 2 metros de comprimento, com lâmina multipenatissecta (2 a 5 vezes) triangular, coriácea, brilhante, com comprimento mais ou menos igual ao do pecíolo.
Tipo biológico: Caméfito;
Família: Culcitaceae;
Distribuição: Península Ibérica e arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias.
Em Portugal Continental encontra-se apenas uma população repartida por três locais muito próximos na Serra de Pias (Valongo), admitindo-se como possível que se trate de uma população naturalizada.
Ecologia/habitat: locais húmidos ou muito húmidos, algo sombrios, sem grandes oscilações térmicas, em solos ácidos, frequentemente rochosos. 
*Outros nomes comunsCabelinhaFeto-abrum;
** Sinonímia: Dicksonia culcita L'Hér.
Nota: a espécie goza de protecção legal:  DL nº 140/99 de 14 de Abril, republicado pelo DL nº 49/2005 de 24 de Fevereiro - Anexos B-II e B-IV - transposição da Directiva Habitats (92/43/CEE); DL nº 316/89, de 22 de Setembro - Anexo I - transposição da Convenção de Berna relativa à Conservação da Vida Selvagem e do Meio Natural da Europa (1979)
(Locais e datas; ilhas de S. Jorge e do Pico (Açores); 24 e 28 - Julho - 2017)
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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

#Exóticas nos Açores (III): Vinhático (Persea indica)







Vinhático * [Persea indica (L.) C. K. Spreng. **]
Árvore perenifólia, com copa larga e arredondada, que pode atingir até cerca de 20 m de altura; folhas de lanceoladas a elípticas, verde-claras, tornando-se avermelhadas à medida que envelhecem; flores pequenas com pétalas brancas, dispostas em inflorescências em panícula; frutos (bagas) ovóides, semelhantes a azeitonas, verdes, mas que adquirem, na maturação, um tom azul-escuro.
Tipo biológico: Fanerófito;
Família: Lauraceae;
Distribuição: Planta endémica da Madeira e das Canárias. Ocorre também no arquipélago dos Açores, como espécie introduzida, eventualmente naturalizada.
Ecologia: a floresta laurissilva é o habitat natural da espécie.
Floração: de fins de Julho a Novembro.
*Outros nomes comuns: vinhático-das-ilhas; vinhoto; loureiro-real.
**Sinonímia: Laurus indica L.; Phoebe indica (L.) Pax
[Local e data: ilha do Pico (Açores); 30 - Julho - 2017]