quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Rumex intermedius

 



Rumex intermedius DC.
Planta perene, geralmente papilosa, com cepa grossa e lenhosa; caule erecto, único ou múltiplo que pode atingir até 75 cm: folhas com formas variadas (longamente pecioladas as basais; brevemente as caulinares médias; semiamplexicaules as caulinares superiores, umas e outras em geral com margens onduladas); flores agrupadas em inflorescências ramificadas, mais ou menos densas.
Tipo biológico: caméfito:
Família: Polygonaceae;
Distribuição: Centro e Oeste da Região Mediterrânica Europeia, admitindo-se também como provável a sua ocorrência no Noroeste de África (Marrocos)
Em Portugal é dado como ocorrendo no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: ladeiras, taludes, orlas de campos agrícolas, clareiras de carvalhais e dunas litorais, em substratos siliciosos ou calcários, a altitudes até 1520m. 
Floração: de Março a Junho.
[Local e data: Praia da  Carrapateira, concelho de Aljezur (Algarve); 20 - Março - 2013 (fotos 1 e 3) e 10 -  Março 2019 (fotos 2 e 4)]
(Clicando sobre as imagens, amplia)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Erva-cicutária (Anthriscus sylvestris)







Erva-cicutária * [Anthriscus sylvestris) (L.) Hoffm.**]
Erva perene, algo hirsuta, que se renova a partir de gemas formadas na axila das folhas basais; raiz axonomorfa; caules com 40 a 150 cm, fistulosos, pulverulentos; folhas bi ou tri-penatissectas; umbelas com 6 a 12 raios; umbélulas com 4 a 8 flores hermafroditas: corola com pétalas brancas inteiras (pormenor que contribui para distinguir esta espécie da muito semelhante Chaerophyllum temulum que tem pétalas fendidas, como oportunamente se salienta aqui); bractéolas ovadas, aristadas, ciliadas, patentes ou reflexas; frutos oblongo-ovóides, negros na maturação; mericarpos lisos com estrias pouco marcadas.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae)
Distribuição: Europa; zona temperada da Ásia e Norte de África.
Ecologia/habitat: prados, orlas e clareiras de bosques, em locais mais ou menos nitrificados, com alguma humidade, a altitudes até 1900 m.
Floração: de Abril a Julho.
*Outros nomes comuns: Cicutária-dos-prados; Cicutária-dos-bosques; Cicuta.
** Sinonímia: Chaerophyllum sylvestre L.(Basónimo)
[Local e data: Vimioso (Trás-os-Montes); 1 - Junho - 2018]
(Clicando nas imagens, amplia)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Inaugurando a época das orquídeas silvestres em 2021: Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)




Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel. ) P. Delforge; sin.: Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]
(Local e data do avistamento: dunas a sul da Costa da Caparica; 13 - Janeiro - 2021)
(Clicando nas imagens, amplia)

sábado, 9 de janeiro de 2021

Ranunculus gregarius





Ranunculus gregarius Brot.
Erva vivaz, com 7 a 25 cm; com pilosidade patente na base e adpresa na parte superior;  raízes tuberosas ovóides;  caules erectos, em geral, unifloros; flores basais heteromorfas, inteiras, dentadas ou tripartidas, com pecíolo pouco maior que o limbo; flores amarelas com até 2 cm de diâmetro; frutos cilíndricos; aquénios comprimidos com pico direito, erecto-patente.
Família: Ranunculaceae;
Tipo biológico: geófito;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica, distribuindo-se em Portugal pelo Algarve, Baixo Alentejo,  Ribatejo, Estremadura  Beira Baixa, Beira Alta e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: pastagens, clareiras de matos, em locais mais ou menos sombrios, em terrenos calcários ou siliciosos, a altitudes até 900m.
Floração: de Março a Julho.
[Local e data: Arrifana - Aljezur (Algarve); 10 - Março - 2019]
(Clicando sobre as imagens)

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Plantas ornamentais: Dombéia (Dombeya wallichii)



Dombéia * [Dombeya wallichii (Lindl.) Benth. ex Baill.**]
Arbusto ou pequena árvore de copa larga que pode atingir até cerca de 7 m. de altura. Possui folhas grandes, aveludadas, aproximadamente cordiformes;  flores cor-de-rosa, perfumadas, agrupadas em inflorescências pendentes, globosas, longamente pedunculadas.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: planta originária de Madagascar, entretanto introduzida para fins ornamentais, em numerosas regiões do globo, incluindo em Portugal, onde, inclusive, foi criado, no Jardim Botânico de Lisboa, por Henri Cayez, um híbrido (Dombeya × cayeuxii) resultante do cruzamento entre Dombeya wallichii et Dombeya burgessiae (fonte)
* Outros nomes comuns: Astrapéia; Flor-de-abelha.
** Sinonímia: Astrapaea wallichii Lindl. (basónimo); Assonia wallichii (Lindl.) Kuntze; Astrapaea penduliflora DC.; Dombeya penduliflora (DC.) M.Gómez.
[Local e data da obtenção das fotos: Parque da Paz (Almada); 18 - Dezembro - 2017]
(Clicando sobre as imagens, amplia)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Centaurea sphaerocephala



Centaurea sphaerocephala L.
Erva perene, multicaule, subarbustiva, inerme, com excepção dos apêndices espinhosos das brácteas involucrais; caules procumbentes, com folhas ao longo de quase todo o comprimento, podendo este atingir cerca de 110cm. 
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae / Compositae;
Distribuição: Sul da Europa (Península Ibérica, Córsega, Sardenha, Itália e Grécia) e Norte de África (Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia).
Em Portugal Continental tem ocorrência limitada ao Algarve, Baixo Alentejo e Estremadura.
Ecologia/habitat: dunas e clareiras de matos, em solos arenosos, próximos do litoral, a altitudes até 100m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
[Local e data: Sagres (Algarve); 22 - Maio - 2015]
(Clicando nas imagens, amplia)

sábado, 19 de dezembro de 2020

Sargacinho-rasteiro (Fumana procumbens)

 



Fumana procumbens (Dunal) Gren. & Godr.*
Pequeno arbusto, com 30 a 40cm, cespitoso, ramificado a partir da base, com ramos prostrados, cobertos por indumento pouco denso, formado por pêlos multicelulares, brancos, não glandulosos; folhas lineares, erecto-patentes, ligeiramente encurvadas, mucronadas, nem sempre ciliadas; flores dispersas ao longo dos ramos férteis; pedicelos com 0,5 a 0,8 mm de diâmetro, mais curtos que as folhas subjacentes, recurvados a partir da base, na fase da frutificação; sépalas internas com dobras bem marcadas, ciliadas ou não; pétalas amarelas com 8 a 10 mm.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Cistaceae;
Distribuição: Norte da Região Mediterrânica e Noroeste de África (Marrocos), com extensão para países do Centro da Europa e euroasiáticos.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, estando circunscrita à Beira Litoral e a Trás-os-Montes. 
Ecologia/habitat: matos baixos, em terrenos pedregosos, secos e bem ensolarados, preferentemente calcários, a altitudes até 2000m.
Floração: de Maio a Julho.
* Sinonímia: Helianthemum procumbens Dunal (basónimo)
(Local e data: vale do Douro Internacional; 3 - Junho - 2018)
(Clicando nas imagens, amplia)

sábado, 12 de dezembro de 2020

Serradela (Ornithopus sativus)

Serradela * (Ornithopus sativus Brot.) 
Erva anual, com indumento viloso; caules erectos, decumbentes ou ascendentes, com 9 a 65 cm; folhas com 4 a 18 pares de folíolos, elípticos ou obovados, vilosos em ambas as páginas; flores com corola rosada ou esbranquiçada agrupadas (2 a 6) em inflorescências pedunculadas; fruto (vagem) de secção circular ou elíptica, direito ou recurvado, glabro ou piloso, com pico ensiforme, direito ou curvado, com 1,2 a 3 mm (subsp. sativus) ou com 10 a 30 mm (subsp. isthmocarpus).
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição:Península Ibérica; Noroeste de África (Argélia e Marrocos) e Sudoeste de França. 
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em grande parte do território do Continente e está também presente no arquipélago dos Açores como planta introduzida.
Ecologia/habitat: prados, pastagens e outros relvados a altitudes até 800m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
* Outros nomes comuns: Serradela-cultivada; Serradela-de-bico-comprido; Serradela-de-garra.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Malva (Malva sylvestris)





Malva * (Malva sylvestris L.)
Erva bienal ou perene, com caules erectos ou ascendentes que podem atingir até 150 cm; folhas mais ou menos longamente pecioladas, com limbo aproximadamente cordiforme com 3 a 7 lóbulos crenados ou serrados; flores com 2 a 6 cm de diâmetro, dispostas em fascículos axilares ou agrupadas no extremo dos ramos, raramente solitárias; epicálice composto por 3 peças elípticas ou oblongo-ovadas, completamente livres entre si; cálice formado por sépalas triangulares ou triangular-ovadas, não acrescentes na frutificação; pétalas profundamente emarginadas, de cor púrpura ou azulada, cores claramente acentuadas nas nervuras, em ambos os casos.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: Europa, Norte de África, Sudoeste da Ásia e Macaronésia (Madeira). Introduzida e naturalizada na América Central e do Norte.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, não apenas, como referido, no arquipélago da Madeira, mas também em quase todo o território do Continente. Enquanto espécie introduzida encontra-se também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat:  relvados nitrificados, campos agrícolas, cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1500 m.  Planta ruderal, arvense e viária.
Floração: de Abril a Setembro.
Observação: planta usada em fitoterapia, sendo-lhe atribuídas propriedades anti-inflamatórias, emolientes e laxantes.
* Outros nomes comuns: Malva-das-boticas; Malva-comum; Malva-maior;Malva-mourisca; Malva-selvagem; Malva-silvestre.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Oenanthe fistulosa




Oenanthe fistulosa L.
Erva perene, glabra, frequentemente estolhosa, com raízes tuberosas; caules cilíndricos, fistulosos, podendo atingir até 90cm; folhas penatissectas com divisões de última ordem lineares; umbelas com 2 a 4 raios; umbélulas [com (até) 40 flores], globosas na frutificação; flores com pétalas brancas com as externas das flores marginais algo maiores que as restantes; frutos de ovóides a obcónicos; estiletes de comprimento semelhante ao do fruto.
Tipo biológico: helófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae)
Distribuição: grande parte da Europa; Noroeste de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, estando circunscrita às antigas províncias do Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Douro Litoral. 
Em termos de conservação, pelos critérios da IUCN, é considerada, em Portugal, como "Quase ameaçada"
Ecologia/habitat: margens de linhas de águas lentas e superfícies de águas paradas, como charcos e lagoas, em terrenos inundados, lamacentos ou lodosos, a altitudes até 900m. 
Floração: de Março a Julho.
[Local e data: Arruda dos Pisões (Rio Maior); 19 - Junho - 2018]
(Clicando nas imagens, amplia)

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Euphorbia paniculata subsp. monchiquensis







Euphorbia paniculata Desf. subsp. monchiquensis (Boiss. & Reut.) Vicens, Molero e C.Blanché
Subarbusto glabro ou quase glabro, que pode atingir até 150cm, com caules erectos, lenhificados na base, com (até) 7 ramos laterais férteis; folhas lanceoladas, geralmente inteiras, atenuadas na base; pleiocásio em geral com 5 raios; brácteas pleocasiais ovadas ou lanceoladas; ciátio glabro, com nectários amarelos, inteiros, sem apêndices; frutos aproximadamente esféricos, glabros, com verrugas dorsais.
Tipo biológicocaméfito;
Família: Euphorbiaceae:
DistribuiçãoEndemismo lusitano, com ocorrência limitada à Serra de Monchique (Algarve e Baixo Alentejo).
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques e matagais, frequentemente em locais húmidos, a altitudes até 700m. Planta silicícola.
Floração: de Março a Junho.
(Local e data: Serra de Monchique; 23 - Maio - 2016)
(Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Buglossa-ondulada (Anchusa undulata)




Buglossa-ondulada *(Anchusa undulata L.)
Erva anual, bienal ou perene, uni ou multicaule, híspida, com pêlos rígidos, com frequência em companhia de outros mais curtos, retrorsos, aplicados; caules erectos, com 30 a 60 cm, geralmente ramificados apenas ao nível da inflorescência; folhas agudas, com margem ondulada ou sinuado-dentada; as da base dispostas em roseta, secas na frutificação; inflorescência em cimeiras, mais ou menos densas; flores com cálice dividido (até cerca de 1/2 do seu comprimento, no caso da subsp. undulata, ou até 2/3  do comprimento, no caso da subsp. granatensis); corola  com 5 a 10 mm de diâmetro, de cor azul, azul-violeta, ou purpúrea, raras vezes branca. 
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Boraginaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. 
Em Portugal Continental, tal como em toda a Península Ibérica, ocorrem as duas mencionadas subespécies, sendo certo que a subespécie granatensis  é mesmo um endemismo ibérico.
Ecologia/habitat: pastagens e outros relvados com alguma humidade, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1800m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Julho.
*Outro nome comum: Língua-de-vaca-ondeada.