quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sedum pruinatum


Sedum pruinatum Brot.
Espécie da família Crassulaceae, o Sedum pruinatum é, segundo esta fonte e esta (a que recorro com frequência para redigir estas notas) um endemismo luso-galaico que ocorre, do lado português, nas Beiras (Alta e Baixa) Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes e do outro lado da fronteira, apenas na Província de Ourense. Desenvolve-se, geralmente, na encosta dos montes, em terrenos secos e pedregosos de natureza xistosa ou granítica. 
Floresce de junho a setembro.
(Local e data: Troviscal - Sertã; 16 - junho - 2011)
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sargaço (Cistus monspeliensis)




Sargaço* (Cistus monspeliensis L.)

Pequeno arbusto (altura até 1,2 m) da família Cistaceae, erecto,  muito ramoso e viscoso, formando uma moita compacta. Apresenta folhas subsésseis, lineares ou linear-lanceoladas, com três nervuras longitudinais; flores com 5 pétalas brancas, frequentemente manchadas de amarelo na base, medindo 9-14 x 6-10 mm, dispostas em cimeiras unilaterais, com 2 a 9 flores por cimeira.
Bem adaptada a climas quentes e terrenos secos, a espécie cresce em vários tipos de solos, desde os graníticos aos arenosos, passando pelos xistosos, argilosos e calcários, podendo encontrar-se em colinas secas, charnecas, matagais e  florestas com boas clareiras.
Distribuição geral: Região Mediterrânica  e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal, a espécie ocorre, além da ilha da Madeira, no centro e sul do território continental.
Floração: de abril a junho.
* Outras designações comuns: Sargação; Sargaço-escuro; Sargaço-terrestre; Alecrim-de-fora.
(Local e data: Serra da Arrábida; 10 - maio - 2011)
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Salgueirinha (Lythrum salicaria)



Salgueirinha* (Lythrum salicaria L.)
Erva vivaz, da família Lythraceae, com ampla distribuição a nível do globo, tendo direito, a esse título, a ser considerada como planta cosmopolita. Desenvolve-se, geralmente, nas margens de cursos de água e em relvados húmidos. Em Portugal encontra-se distribuída por todo o país, embora não seja uma espécie excessivamente abundante.
Possui: caule tubular, erecto, mais ou menos ramificado, que pode atingir até 1,5m de altura; folhas inteiras, sésseis, de lineares a lanceoladas, geralmente opostas, as superiores por vezes alternas; flores com 5-6 pétalas de cor entre o violeta e o púrpura, dispostas em espigas compridas (até 40 cm) e terminais. 
Floração: de abril a agosto;
* Outras designações comuns: Erva-carapau; Salicária; Salgueira.
(Local e data: Rio Pônsul em Idanha-a-Velha; 26 - junho -2011)
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domingo, 14 de agosto de 2011

Espinheiro-preto (Rhamnus lycioides subsp. oleoides)

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Espinheiro-preto ou Fura-panelas [Rhamnus lycioides subsp. oleoides) (L.) Jahandier & Maire]*

Arbusto ramoso, espinhoso e parcialmente perenifólio, da família Rhamnaceae que, geralmente, não ultrapassa 2 m de altura. Apresenta folhas persistentes e caducas, umas e outras inteiras, ovado-elípticas, de cor verde brilhante e geralmente coriáceas; flores pedunculadas, muito pequenas, com corolas formadas por 4 ou 5 pétalas, por vezes ausentes,  dispostas em cimeiras frouxas; frutos obovóides, levemente achatados (característica mais evidente antes da maturação) de pequenas dimensões (3,3-5 x 3,4-5mm) amarelados ou avermelhados, quando imaturos, negros após a maturação. 
Distribuição geral: Região Mediterrânica Ocidental.
Ocorre também em Portugal em lugares dispersos desde o Alto Douro até ao Algarve, sendo a sua ocorrência mais frequente no sul do território continental e muito rara no norte e centro, provavelmente devido ao facto de a espécie não suportar grandes geadas.
Floração: de março a maio.
*Sinonímia: Rhamnus lycioides L. raça oleoides (L.) Samp.; Rhamnus lycioides L. raça oleoides Samp.; Rhamnus oleoides L.; Rhamnus oleoides L. for. angustifolia (Lange) P. Cout.;Rhamnus oleoides L. for. sublanceolata Mendonça et Vasc.
Local e datas: Mata Nacional dos Medos - Costa da Caparica - Almada; 04 - maio - 2011 (foto 1); 11 - abril - 2011 (foto 2); 19 - maio - 2011 (fotos 3 e 4); 26 - julho - 2011 (foto 5); 02 - agosto - 2011 (foto 6)
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Beleza (Bupleurum fruticosum)

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Beleza (Bupleurum fruticosum L.)
Arbusto de folha perene, da família Apiaceae, que pode atingir cerca de 3 m de altura. É endémico da Região Mediterrânica. Em Portugal a sua distribuição está limitada ao centro oeste, centro sul e sul do território continental, desenvolvendo-se, geralmente, em terrenos calcários e/ou margosos. Apresenta-se  muito ramificado, sobretudo, quando implantado em terrenos profundos e suficientemente húmidos, onde tende a formar moitas densas. Apresenta folhas abundantes, inteiras, coriáceas, oblongas ou obovadas e flores amarelas dispostas em umbelas terminais.
Esta espécie, entre todas distinguida com a designação comum de Beleza, (vá lá saber-se porquê) é usada como planta ornamental e em paisagismo.
Locais e datas: Serra da Arrábida [fotos 1 (29- maio - 2011); 4 e 5 (10 - maio - 2011)]; Quinta da Arealva - Almada [fotos 2 e 3 (16 - maio - 2011)]
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domingo, 7 de agosto de 2011

Herniaria maritima





Herniaria maritima Link
Planta perene, da família Caryophyllaceae, é um endemismo português que ocorre apenas nos cordões dunares, ao longo do litoral entre o Cabo Carvoeiro e o Algarve. Apresenta caules muito ramificados, geralmente prostrados, por vezes, com consistência lenhosa, podendo atingir até 30cm de comprimento; folhas pequenas, carnudas e cobertas em toda a superfície com pêlos, tal como as flores que são diminutas (1,5-2 mm) e que se agrupam em gromérulos, mais ou menos densos. 
Floração: de maio a agosto.
(Local: Fonte da Telha - Costa da Caparica - Almada; 05 - agosto - 2011)
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maleteira-das-areias (Euphorbia peplis)


Maleteira-das-areias (Euphorbia peplis L.)

Pequena planta anual da família Euphorbiaceae, apresenta caule geralmente ramificado a partir da base, com as hastes caulinares (em geral, quatro, com 10-20 cm de comprimento) prostradas e em parte enterradas na areia, por efeito da acção do vento. É uma planta nativa do oeste e do sul da Europa, do norte de África e do sudoeste da Ásia que tem o seu habitat nas areias das costas marítimas. É uma espécie em declínio, tendo já desaparecido nalguns lugares de origem.
Floresce no verão.
SinonímiaTithymalus peplis (L.) Scop.; Anisophyllum peplis (L.) Haw.; Chamaesyce peplis (L.) Prokh.; Euphorbia dichotoma Forssk.Tithymalus auriculatus Lam.; Chamaesyce maritima Gray; Euphorbia rubescens Link.
(Local e data: Praia da Costa da Caparica; 05 - agosto - 2011)
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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mata Nacional dos Medos




Fotografias captadas na Mata Nacional dos Medos (Costa da Caparica - Almada) ao entardecer, pelo simples prazer de fotografar. Na imagens sobressaem as copas dos pinheiros-mansos (Pinus pinea L.) arredondadas e um tanto inclinadas, pela força dos ventos. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cordeiros-da-praia (Otanthus maritimus)

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Cordeiros-da-praia *[Otanthus maritimus (L.) Hoffmanns. & Link]
Pequeno arbusto, da família Asteraceae, perene, lenhoso na base, lanuginoso (densamente coberto de pêlos compridos e esbranquiçados) com caules rizomatosos, ascendentes, com 20-50 cm de altura; folhas oblongas, ou oblongo-lanceoladasgeralmente inteiras, carnudas, sésseis e, tal como os caules, cobertas de pêlos; flores reunidas em capítulos dispostos em corimbos terminais. 
Distribui-se ao longo da costa leste do oceano Atlântico (desde a Islândia até às Canárias) e por toda a costa do Mediterrâneo. Em Portugal ocorre ao longo de todo o litoral, nos areais marítimos, incluindo nas dunas primárias.
Floração: de maio a setembro.
Sinonímia: Achillea maritima (L.) Ehrend. et Y. P. Guo; Diotis maritima (L.) Cass.; Filago maritima L.
(*A espécie também é designada, vulgarmente, por Atanásia-marítima)
(Local e datas: Fonte da Telha - Almada; 19 - abril - 2011 (fotos 1 e 2); julho - 2011 (as restantes)
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Delphinium pentagynum








Delphinium pentagynum Lam.

Planta herbácea, vivaz, da família Ranunculaceae, apresenta caules delgados, simples ou pouco ramificados, com 30 - 70 cm de altura; folhas dimórficas, as inferiores  pecioladas e palmatipartidas, as superiores sésseis ou quase sésseis e palmatissectas; flores coloridas de azul-violeta, geralmente, carregado, por vezes, pálido, com pétalas internamente ciliadas e esporão, dispostas em cacho.
Distribui-se pelo centro-oeste e sul da Península Ibérica e pelo norte de África. Em Portugal encontra-se no centro-oeste e sul do território do Continente. Tem o seu habitat preferencial em terrenos incultos, em clareiras de matos e relvados, sobre solos secos de natureza calcária.
Floração: entre maio e julho.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 20 e 29 - maio - 2011)
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Erva-pinheira (Sedum sediforme)


Erva-pinheira [Sedum sediforme (Jacq.) Pau]
Planta da família Crassulaceae, a Erva-pinheira, também conhecida pela designação comum de Pinheirinho-das-areias é uma herbácea vivaz, com caules floríferos que podem atingir até 60 cm de altura, e caules estéreis muito mais curtos; folhas geralmente ovóide-lanceoladas, carnudas, sésseis e dispostas alternadamente ao longo dos caules floríferos e imbricadas nos ramos estéreis; flores sem brácteas e corola composta por pétalas amarelo-cremosas, dispostas em inflorescências corimbiformes.
Distribui-se por toda a Região Mediterrânica, França (centro) e norte de Espanha. Em Portugal, embora possa ocorrer noutras regiões, é mais frequente no litoral centro e sul.
Adaptada a diversos habitats, esta planta pode encontrar-se em pinhais e matagais, em solos geralmente secos, pobres e mesmo rochosos. É, no entanto, mais abundante em terrenos arenosos do litoral que coloniza a partir das zonas interdunares.
Floresce de junho a setembro.
SinonímiaSempervivum sediforme Jacq.; Sempervivum altissimum Poir.
(Local e data: Fonte da Telha - Almada; 26 - julho - 2011)
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Viola langeana

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Viola langeana Valentine
Seguindo a pista deixada aqui, lá fui eu de abalada até à Serra da Estrela para encontrar esta espécie da família Violaceae que é, segundo a Maria Carvalho (link supra), "um endemismo peninsular [que] ocorre  na metade oeste do Sistema Central Ibérico", informação que também encontrei aqui
Depois dumas quantas voltas nas imediações da Lagoa Comprida que se revelaram infrutíferas, acabei por deparar com ela, por acaso, à beira da estrada, no trajecto Lagoa Comprida - Torre, já depois de abandonadas as buscas. Aí estão as fotos 1, 2 e 3 a documentar o encontro que teve lugar a 17 de junho.
Curiosamente, uns dias depois (23 de junho) vim a encontrar na Serra de Malcata, ao longo dum caminho de terra batida, numa encosta a nascente da povoação que dá o nome à serra (Malcata) numerosas plantas (fotos 4,5,6 e 7) que suponho pertencerem à mesma espécie, embora as flores apresentem algumas diferenças em relação às flores das plantas encontradas na Serra da Estrela. Com efeito, enquanto aquelas   apresentam estrias apenas nas pétalas inferiores, nas flores da Serra da Estrela as estrias são visíveis quer nas pétalas inferiores, quer nas pétalas laterais, diferença que não será, suponho, suficiente para classificar aquelas como pertencentes a uma espécie diferente. Tratar-se-á, quando muito, duma variedade, ou, quiçá, duma subespécie diferente.
A ser certa a minha suposição, então ter-se-á de concluir que a distribuição da Viola langeana, não está limitada, em Portugal, à Serra da Estrela, como sugere a Maria Carvalho. Permanece, em todo caso, de pé a afirmação de que se trata dum endemismo peninsular limitado ao Sistema Central Ibérico, visto que a Serra de Malcata se integra, tal como a Serra da Estrela, em tal sistema.
Floresce de março a agosto
SinonímiaViola caespitosa Lange in Willk. et Lange, nom. illeg., non D. Don; Viola caespitosa Lange, nom. illeg. var. condensata Henriq.; Viola caespitosa Lange, nom. illeg. var. laxa Henriq.;Viola lutea auct. lusit.
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