terça-feira, 22 de março de 2011

Primavera

[Ameixeira (Prunus domestica L.)]

[Pereira-brava (Pyrus bourgaeana Decne.) ]

[Pilriteiro (Crataegus monogyna Jacq.)]

Como se pode ver, a  Primavera já chegou. Lamentavelmente, só estou anunciar a sua chegada com um dia de atraso!...
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segunda-feira, 21 de março de 2011

Anémona (Anemone palmata)


Anémona (Anemone palmata L.)
Planta da família Ranunculaceae, a Anemone palmata é uma erva vivaz, com rizoma tuberoso, que se distribui pela Região Mediterrânica Ocidental, encontrando-se em toda a Península Ibérica, sul de França, Córsega e Sardenha (Fonte). Em Portugal, onde é também conhecida pelas designações comuns de Anémona-do-Tejo, Anémona-dos-jardins, Campanilha, Flor-de-Páscoa e Flor-de-vento, ocorre, segundo esta outra fonte, em todo o território do continente, mas em contrário se pronuncia o "Flores da Arrábida - guia de campo", segundo o qual  ela só se encontra a sul do Douro, surgindo em "campos, prados e outros sítios frescos, charnecas, outeiros, e pinhais".  Em qualquer caso, não me parece que seja uma planta muito vulgar.
Floresce de Fevereiro a Junho. 
(Local e data: logradouro relvado na estação de serviço de Santarém, na A1; 25 fevereiro, 2011)
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domingo, 20 de março de 2011

Maria-fia (Erodium malacoides)


Maria-fia [Erodium malacoides (L.) L'Hér.]
Também designada comummente por Erva-garfoMaria-finaMarioila, é uma planta da família  Geraniaceae, nativa da Europa, Ásia e norte de África, mas naturalizada noutros continentes. Em Portugal é uma planta vulgar, em todo o território, surgindo frequentemente associada a outras espécies do mesmo género e do género geranium, quer em terrenos cultivados, quer incultos, incluindo em zonas urbanas e à beira de estradas e caminhos.
Quando livre de competidoras, esta planta tende a estender-se pelo solo. Quando encontra concorrência, não tem outra alternativa que não seja elevar-se à procura da luz solar.
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sexta-feira, 18 de março de 2011

Cornucópia (Fedia cornucopiae)




Fedia cornucopiae (L.) Gaertn.; sin: Fedia graciliflora Fisch. & Mey.

Conhecida entre nós pelas designações de Cornucópia e Alface-de-Argel (segundo o Portugal Botânico de A a Z) a Fedia Cornucopiae é uma pequena planta herbácea, anual, da família Valerianaceae, que não excede os 35 centímetros de altura, sendo considerada como originária da Região Mediterrânica, ocorrendo, designadamente, em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e nos países do Magrebe (norte de África).
Segundo a Encyclopaedia Britannica eb.com, trata-se do exemplo mais surpreendente de heterocarpia, (capacidade de produção de frutos diferentes) frutos que, no caso, se apresentam sob três formas, o que facilita a propagação das sementes, uma vez que estão adaptados, uns, à dispersão pelo vento e outros, á dispersão pela água, ou  pelos  animais, designadamente, pelas formigas. Como diz o link citado, o fenómeno da heterocarpia é um seguro contra catástrofes: no caso da Fedia Cornucopiae, mesmo que um dos métodos de dispersão das sementes falhe, a planta dispõe ainda de outros dois em carteira.
Alegadamente, as folhas são comestíveis. Daí, porventura, a designação de Alface-de-Argel?
(Local e data:  as fotos foram obtidas num relvado à beira da estrada nas proximidades de Torres Novas, em 19 de fevereiro de 2011)
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quarta-feira, 16 de março de 2011

Pascoinhas (Coronilla glauca)




Coronilla glauca L.; sin: Coronilla valentina L. subsp. glauca (L.) Batt. in Batt. et Trab.

Conhecido pela designação comum (não exclusiva, porque também atribuída a outras espécies) de Pascoinhas e também pela de Serra(ou Sena?)-do-reino, este pequeno arbusto da família Fabaceae, que raramente ultrapassará os 2 metros de altura, distribui-se por boa parte da Região Mediterrânica, surgindo em terrenos incultos e à beira de estradas e caminhos, predominantemente em solos calcários e/ou argilosos.
Também é cultivado e usado, mormente em parques públicos, como planta ornamental.
Floresce de março a julho.
(Local e data: Capuchos - Almada; 15 - março - 2011)
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terça-feira, 15 de março de 2011

Briófitas

(1)

(2 )
As Briófitas (Bryophyta sensu lato) formam um grupo (superdivisão) de plantas terrestres (Embryophyta) que, na linha da evolução, terão sido as primeiras a fixar-se em terra  e que têm a característica comum de serem plantas não vasculares (assim designadas por não disporem de tecidos apropriados para o transporte da água e da seiva para alimentar as células, fazendo-se, em regra, a circulação da água e dos nutrientes, por osmose, razão por que têm, normalmente, reduzida dimensão e necessitam de locais bastante húmidos para se desenvolverem.
 O grupo das Briófitas é habitualmente considerado como englobando  três divisões:
Hepáticas (Marchantiophyta) assim designadas pela sua configuração semelhante a um fígado;
Musgos (Bryophyta sensu stricto), a divisão mais numerosa, com cerca de 24.000 espécies; e
Antóceros (Anthocerotophyta) a menos numerosa, com cerca de 100 espécies.
Tome-se esta introdução (que mais não é do que o resultado da recolha de algumas informações nos links citados) como a forma encontrada para apresentar as duas imagens supra:
- a primeira duma espécie de Musgo que não consegui identificar, mas  que me pareceu merecer publicação por nela serem bem visíveis os esporângios;
- a segunda representa uma hepática que julgo ter identificado como sendo a Lunularia cruciata (L.) Dumortier.
(Local e data: Parque da Paz - Almada; 03 - janeiro - 2011)
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domingo, 13 de março de 2011

Feto-doce (Polypodium vulgare)

(1)

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Feto-doce (Polypodium vulgare L.)
Comum em Portugal, onde também é designado por Fentelha, ou Fentelho, Filipode, Polipódio, Polipódio-do-carvalho e Polipódio-do-Norte, o Polypodium vulgare distribui-se por grande parte da Europa, Ásia e África e, segundo alguns autores, também pela América do Norte.
Pertencente à família Polypodiaceae, surge em sítios húmidos e sombrios, frequentemente em fendas de rochas, em muros e em troncos de árvores, geralmente na companhia de musgos que também carecem de muita humidade para se desenvolverem.
Nas imagens supra encontra-se a representação das frondes (a frente, na foto 1 e o verso, na foto 2, sendo nesta bem visíveis os esporângios dispostos dum lado e do outro da nervura central dos folíolos.)
(Local e data: Troviscal - Sertã; 05 - março - 2011)
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sexta-feira, 4 de março de 2011

Polígono-de-jardim (Polygonum capitatum)


Polígono-de-jardim (Polygonum capitatum Buch.-Ham. ex D.Don)

Planta herbácea, perene, reptante, da família Polygonaceae, o Polígono-de-jardim é originário dos Himalaias e  do leste da China (fonte), encontrando-se, no entanto, naturalizado noutras regiões da Europa, América e Austrália, onde foi introduzido como planta ornamental. A caraterística de planta reptante torna esta espécie muito apreciada para cobrir superfícies em jardins, onde forma tapetes, bem vistosos, por sinal, graças às suas flores, geralmente brancas ou rosadas, reunidas em numerosas inflorescências terminais e globosas, que a planta mantém durante o longo período de floração que vai de Março a Setembro (fonte citada). Não admira, por isso que, no Brasil, a espécie seja também conhecida pela designação de "Tapete-inglês".
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quinta-feira, 3 de março de 2011

Brunfelsia latifolia


Brunfelsia latifolia (Hook.) Benth.
A Brunfelsia latifolia é uma espécie da família Solanaceae, nativa das regiões tropicais da América. Reveste a forma dum arbusto de folha perene, de pequeno porte, pois raramente ultrapassa os dois metros de altura e outros tantos de largura. As flores mudam de cor, passando do violeta, quando desabrocham, a azul lavanda e, finalmente, a branco ou quase branco. Será, provavelmente, devido a esta singularidade que a planta é designada, em língua inglesa, por Yesterday, Today and Tomorrow (fonte).
É cultivada como planta ornamental.
(Local e data: Jardim Botânico de Lisboa; 19 - maio- 2009)
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quarta-feira, 2 de março de 2011

Sanguinho-das-sebes (Rhamnus alaternus)


Sanguinho-das-sebes (Rhamnus alaternus L.)
Também designado por AdernoAderno-bastardo, o Sanguinho-das-sebes é uma planta arbustiva da família Rhamnaceae que pode atingir os 5-6 metros de altura. Distribui-se por toda a Região Mediterrânica e ocorre também em Portugal, sobretudo no centro e sul do território continental, sendo mais frequente nas regiões do litoral. Surge, geralmente, em matagais, matas pouco densas e em sebes ao longo de caminhos.
As folhas são levemente serrilhadas e coriáceas.As flores pouco vistosas e agrupadas em cachos em número muito variável, começam a abrir nos finais de fevereiro e princípios de março. Os frutos são bagas vermelhas que vão enegrecendo com a maturação.
Este arbusto é usado, embora não muito frequentemente, como planta ornamental e conhece, enquanto planta cultivada, algumas variedades.
(Local e data: Plataforma superior da Arriba Fóssil - Fonte da Telha - Costa da Caparica; 28 - fev. - 2011)
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ADENDA:

(Ramo com frutos)
 (Fotografia adicionada em 15 - 12 - 2016)

terça-feira, 1 de março de 2011

Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)


Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge; sin.*: Orchis robertiana Loisel.; Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]
Planta da família Orchidaceae, a Salepeira-grande é uma herbácea vivaz que pode atingir cinquenta centímetros de altura, tuberosa, com dois ou três tubérculos ovoides, caule grosso, folhas basais brilhantes formando uma roseta, inflorescência cilíndrica e densa. Distribui-se pela Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal ocorre, sobretudo, ao longo da região litoral, desde as Beiras até ao Alentejo, geralmente em terrenos arrelvados e húmidos, bem como em clareiras de matas e na berma de estradas e caminhos.
*Outros sinónimos: Orchis longibracteata Biv.; Orchis fragrans Ten.; Orchis foliosa Masson ex Ker Gawl.; Aceras longibracteatum Rchb.f.; Barlia longibracteata (Rchb.f.) Parl.; Loroglossum longibracteatum (Rchb.f.) Moris ex Ardoino;  Himantoglossum longibracteatum (Rchb.f.) Schltr.
(Local e data: Mata Nacional dos Medos, ou Pinhal do Rei - Costa da Caparica; 28 - fevereiro - 2011)
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Limoniastrum monopetalum



Limoniastrum monopetalum (L.) Boiss.; sin.: Statice monopetala L.
Arbusto perene, muito ramificado, de folhas carnudas, que não ultrapassa os dois metros, o Limoniastrum monopetalum é uma planta da família Plumbaginaceae que se distribui pela Região Mediterrânica e que ocorre em terrenos salgados, em sapais, geralmente nas margens de rias, de lagoas de água salgada e nas proximidades do mar. Em Portugal, segundo esta fonte, a sua distribuição está limitada à orla marítima da região algarvia.
Ainda segundo a mesma fonte, floresce de Março a Novembro.
(Local e data: Ria de Alvor - Algarve; 5 e 6 - agosto - 2009)
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Strobilanthes kunthiana



 Strobilanthes kunthiana (Wall. ex Nees) T. Anderson ex Benth.
 A Strobilanthes kunthiana (em inglês: Neelakurinji) é uma planta da família Acanthaceae, endémica das montanhas do sul da Índia (Gates Ocidentais e Orientais) onde se desenvolve a altitudes acima dos 1800 metros, em encostas despidas de arvoredo e em regra associada a outras plantas da mesma espécie. Reveste a forma de um arbusto muito ramificado, não indo, geralmente, nos lugares de origem, muito além dos 6o centímetros de altura.
A floração de todas as plantas desta espécie existentes no mesmo sítio ocorre simultaneamente e com intervalos de doze anos, intervalos que, não sendo vulgares noutras plantas com flor, são, no entanto, comuns noutras espécies do género Strobilanthes, sendo que nalgumas delas o intervalo entre florações é de 16 anos.
(Local e data: Jardim Botânico de Lisboa; maio de 2009)
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Verbasco-pulverulento (Verbascum pulverulentum)


Verbasco-pulverulento (Verbascum pulverulentum Vill.)
Planta da família Scrophulariaceae, o Verbasco-pulverulento distribui-se pelo centro, oeste e sul da Europa, ocorrendo geralmente em  terrenos incultos, frequentemente pedregosos e à beira dos caminhos, locais onde não passa despercebida, pois chega a atingir dois metros de altura, sobressaindo facilmente entre as plantas, normalmente herbáceas, que a rodeiam.
Em Portugal é uma planta bastante comum, sobretudo no norte e centro do território do continente.
É considerada tóxica para os animais.
(Local e data: Sabugal; junho 2010)
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pega-saias (Setaria verticillata)



Pega-saias * [Setaria verticillata (L.) P. Beauv.; sin.: Panicum verticillatum L.; Setariopsis verticillata (L.) Samp.]

Também designada vulgarmente por Raspa-saias, Milhã-verticilada, Namorados e  Erva-de-rabos, a Setaria verticillata é uma erva anual, que pode atingir até um metro de altura, pertencente à família Poaceae (Gramíneas), nativa da Europa (França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido), mas considerada, actualmente, como planta cosmopolita, presente em todos os continentes. Aparece, sobretudo,  em terrenos agrícolas com rega, pois precisa de alguma humidade para se desenvolver.
É considerada pelos agricultores como planta infestante, prejudicial para as plantas cultivadas, com as quais compete na obtenção da água e dos nutrientes existentes no solo, concorrendo também com elas na obtenção da luz solar. Por isso, recorrem os agricultores, frequentemente,  nas grandes explorações agrícolas, à sua erradicação recorrendo à aplicação de herbicidas. Refira-se, no entanto, que, na África do Sul, as sementes desta erva são aproveitadas para produzir o malte utilizado na fabricação da cerveja (fonte).
* A designação de "Pega-saias" (designação que partilha com outra planta do mesmo género - a Setaria viridis, também tida na conta de infestante) assenta-lhe bem, embora lhe ficasse ainda melhor a designação de "Pega-em-tudo", pois as sementes agarram-se a tudo quanto é roupa ou pele de animal que nelas toque, através da casca que as envolve onde dispõem de pequenas farpas, com gancho na extremidade, que não são fáceis de despegar, embora as sementes se soltem com facilidade, com uma sacudidela. Trata-se, como está bem de ver, do expediente usado pela planta para dispersar as sementes.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quaresmeira-anã (Tibouchina grandiflora)


Quaresmeira-anã (Tibouchina grandiflora Cogn)

Nativa do Brasil, onde é também designada por Orelha-de-onça , a Tibouchina grandiflora é uma planta arbustiva da família Melastomataceae  que pode atingir à volta de três metros de altura. Encontra-se  difundida não só no país de origem, mas também noutras paragens, como planta ornamental. Como planta cultivada, propaga-se geralmente por estacas obtidas após a floração.
(Local e data: Jardim Botânico de Lisboa; 17 - jan. - 2011) (Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Saião (Aeonium arboreum)

(1.aspecto geral da planta)

(2. folhas em roseta na ponta dos ramos)

(3. inflorescência)
Saião [Aeonium arboreum (L.) Webb & Berthel. (sin: Aeonium korneliuslemsii H.Y.Liu]

Arbusto suculento, bastante ramificado que atinge normalmente cerca de 90 centímetros de altura,  o Saião  é uma planta da família Crassulaceae, nativa da costa atlântica de Marrocos, mas amplamente difundida como planta ornamental. Em Portugal também é cultivado com essa finalidade, mais frequentemente no sul do que no norte e utilizado sobretudo em jardins particulares.
Propaga-se por estaca, tal como a generalidade das plantas suculentas e, ao contrário do que eu julgava, também por sementes. Suporta bem o calor e não precisa de regas frequentes. Floresce no inverno.
Segundo o Portugal Botânico de A a Z, a planta também é conhecida pela designação comum de Ensaião,  embora o uso das duas designações (Saião e Ensaião) seja pouco vulgar. Aquela, porém, já a tinha encontrado mais que uma vez.
(Local: jardim em Almada; Datas:  foto 1: 24 - nov. - 2010; fotos 2 e 3: 24 - fev. 2009)
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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sabugueiro (Sambucus nigra)

(1. aspecto geral da planta)

(2. inflorescência)
  
(3. infrutescência)

Arbusto caducifólio, muito ramificado, que pode atingir a altura de uma pequena árvore (em geral, não mais de 6 metros) o Sabugueiro (Sambucus nigra L.) é uma planta da família Adoxaceae, nativa de grande parte da Europa, do oeste e sudoeste da Ásia e também (nativa ou subespontânea ?) do norte de África, encontrando-se, no entanto, actualmente, distribuída por outras partes do mundo, surgindo espontânea, sobretudo, em zonas húmidas, junto a sebes e nas margens de cursos de água (caso do exemplar da imagem 1).
Em Portugal, onde é também designado por Candelheiro; Canineiro; Flor-de-sabugueiro; Galacrista; Rosa-de-bem-fazer; Sabugo; Sabugueiro-negro e Sabugueiro-preto, distribui-se por quase todo o território, com excepção do Algarve, mas incluindo os Açores e a Madeira.
No nosso país, o Sabugueiro é  cultivado não só como planta ornamental, mas também, nalgumas regiões, designadamente nos concelhos de Tarouca e de Moimenta da Beira, para aproveitamento dos seus frutos (bagas) que são exportadas e têm colocação garantida, como há tempos tive oportunidade de assinalar (manifestando a minha surpresa)  noutro local, bagas que são utilizadas no fabrico de medicamentos e de anilinas. Em comentário surgido no mesmo local, refere-se que  a medula é "usada como suporte para as amostras que vão aos microscópios ópticos", o que não deixa de ser curioso.
Partes da planta, principalmente, as partes florais são também usadas em fitoterapia e mesmo em medicina caseira, geralmente sob a forma de infusão, sendo a sua utilização indicada em casos de gripe, tosse e resfriados.
(Local e data: Troviscal - Sertã; 19 - maio - 2010)
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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Parra-da-Madeira (Anredera cordifolia)

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Se cada caso é um caso, como é costume dizer-se, também cada planta tem as suas particularidades (e curiosidades) e esta Anredera cordifolia (Ten.) Steenis (sin.: Boussingaultia cordifolia Ten.) da família Basellaceae, não foge à regra.
Curiosa é, desde logo, a designação comum de Parra-da-Madeira, quando a planta é nativa da América do Sul (endémica da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai), denominação que não é exclusivamente portuguesa, pois também  é conhecida em Espanha (v. link anterior) por Parra Madeira e designada em língua inglesa por  Madeira vine. É pelo menos admissível que tais designações se fiquem a dever ao facto de a espécie ter eventualmente sido introduzida na Europa, através da Ilha da Madeira. Terá sido? (Pergunta sem resposta).
Trata-se de uma planta trepadeira, com interesse ornamental, dotada de grande vigor vegetativo (v. foto 2) pelo que não admira que em algumas regiões tropicais e subtropicais onde foi introduzida ela seja considerada como planta invasora. Em Portugal continental, onde também se pode encontrar, não é, no entanto, muito vulgar, pelo que, pelo menos aparentemente, não parece apresentar tal característica.
As flores (foto 3) dispõem, aparentemente, de órgãos sexuais femininos e masculinos, mas ao que parece (v. segundo link) a planta raramente (ou nunca?) se reproduz sexualmente ou produz sementes (uma primeira singularidade) pelo que a reprodução é assegurada através dos tubérculos aéreos (outra particularidade visível na foto 4) e de fragmentos dos seus rizomas.
Alegadamente, os tubérculos e as folhas são comestíveis. Como, porém, ainda não provei, não recomendo.
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