Mostrar mensagens com a etiqueta Scrophulariaceae. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Scrophulariaceae. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Verbasco (Verbascum thapsus)






Verbasco *(Verbascum thapsus) L.
Erva bienal, tomentosa, que pode atingir mais de 2 m de altura. Possui caules erectos, lisos, frequentemente muito robustos, com indumento denso; folhas alternas; as basais, pecioladas, elípticas, crenadas ou crenuladas, por vezes inteiras na metade ou terço inferior, tomentosas em ambas as faces; as médias, elípticas ou lanceoladas, crenadas ou crenuladas, claramente decurrentes até cerca de um terço ou até metade do entrenó, por vezes até ao nó imediato; inflorescência espiciforme, ramificada, compacta, com os fascículos dispostos muito densamente, a ponto de ocultarem em boa parte o eixo da inflorescência; flores dispostas (2 a 6) em fascículos; cálice muito tomentoso; corola amarela, tomentosa no exterior; frutos sob a forma de cápsula, ovóide, tomentosa, ligeiramente mais curta que o cálice.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Scrophulariaceae;
Distribuição: Europa, com excepção da Península Balcânica; Ásia Central até ao Altai.
Em Portugal, ocorre, como espécie autóctone, no território do Continente, de forma irregular e descontínua, sendo raramente avistada nas regiões a Sul do Tejo. Presente também, mas como espécie introduzida, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: terrenos incultos, taludes, valetas, bermas de estradas e caminhos, com frequência em solos pedregosos, em locais soalheiros, a altitudes até 1600.
Floração: de Maio a Setembro.
* Outros nomes comuns: Barbasco; Erva-de-são-fiacre; Trócolos-brancos;Vela-de-nossa-senhora (Fonte)
(Avistamento: Trancoso; 14 - Junho - 2023)
(Clicando nas imagens, amplia)

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Escrofulária (Scrophularia scorodonia)








Escrofulária * (Scrophularia scorodonia L.)
Erva perene, rizomatosa, hirsuta, glandular ao nível da inflorescência, por vezes, aparentemente glabra ou glabrescente. Caules com 30 a 175 cm, densamente pubescentes, com pêlos patentes, multicelulares e unicelulares e, em alguns casos, aparentemente glabros ou glabrescentes a olho nu, mas com revestimento de pêlos de reduzida dimensão (não mais de 0,2 mm); folhas inteiras com nervuras bem marcadas, com limbo rugoso, ovado-lanceolado ou triangular-lanceolado, cordiforme na base, com margem serrada ou crenada; flores com corola bilabiada, agrupadas em inflorescências (com 11 a 115 cm) formadas por cimeiras (em geral com 3 a 14 flores) dispostas ao longo do eixo da inflorescência, eixo que se mostra pubescente glanduloso na parte apical e densamente puberulento o hispídulo na parte restante; frutos sob a forma de cápsula ovóide, esverdeada ou acastanhada; sementes castanho-escuras.
São reconhecidas duas variedades desta espécie: a nominal (var. scorodonia) e a var. glabrescens [descritores: (Cout.) Ortega Oliv. & Devesa] distinguindo-se esta pelo facto de, a olho nú, parecer glabra ou glabrescente, ainda que, na realidade, apresente uma pubescência pouco densa, formada por pêlos de menos de 0,2 mm, ao invés da var. nominal onde se incluem plantas densamente pubescentes, com pubescência bem visível.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Scrophulariaceae;
Distribuição: há que distinguir entre as 2 referidades variedades; a var. glabrescens é considerada como endemismo ibérico do Sudoeste peninsular, com ocorrência em Portugal na Estremadura, Alto e Baixo Alentejo; e a var. scorodonia que ocorre como planta autóctone no Oeste e Sudoeste da Europa (Espanha e Portugal; Sul de Inglaterra e Oeste de França; Noroeste de Marrocos e Região Macaronésia (ocorrência circunscrita, neste caso, aos arquipélagos dos Açores e da Madeira). Em Portugal Continental distribui-se por todo o território ainda que não uniformemente, visto ser bem mais comum nas regiões do Norte e Centro, do que nas regiões a sul do Tejo.
Ecologia/habitat: margens de cursos de água, orlas e clareiras de bosques e matagais; prados húmidos e outros locais frescos e sombrios, a altitudes até 1300. Indiferente á natureza do solo.
Floração: de Março a Setembro.
* Outros nomes comuns: Trolha; Japão.Trolha
(Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Verbasco (Verbascum simplex)

(1)

(2)

(3)

(4)
Verbasco (Verbascum simplex) Hoffmanns. & Link
Erva bienal, pubescente-tomentosa com caules erectos, simples ou ramificados, podendo atingir até cerca de 150cm de altura; folhas alternas; as basais elípticas, crenadas; as caulinares nitidamente decurrentes; inflorescências espiciformes com flores de corola amarela, reunidas em fascículos dispostos pouco densamente ao longo do eixo da inflorescência; fruto (cápsula) globoso, pouco maior que o cálice.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaScrophulariaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental incluindo a Península Ibérica, o Sudoeste de França e o Noroeste de África (Marrocos e Argélia).
Em Portugal, ainda que não seja muito comum, distribui-se de forma irregular e descontínua por quase todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: taludes, baldios, terrenos cultivados, incultos ou em pousio, com frequência em solos arenosos, designadamente costeiros, a altitudes até 1300m. 
Floração: de Março a Agosto.
[Local e data do avistamento: Estuário do Sado (Setúbal) 20 - Abril - 2016 (fotos 1 a 3); S.Estêvão (Sabugal) 30 - Abril - 2015 (foto 4)]

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Verbasco-de-flores-grossas (Verbascum litigiosum)






Verbasco-de-flores-grossas (Verbascum litigiosum Samp.)
Erva  bienal,  com caules erectos, geralmente não ramificados, que pode atingir até 2m, revestida por tomento muito denso, com flores dispostas em inflorescência espiciforme, ininterrupta e de tal forma compacta que o eixo da inflorescência dificilmente se mostra visível, quer na fase da floração, quer durante a frutificação.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaScrophulariaceae
Distribuição: Endemismo lusitano, circunscrito ao litoral oeste, no centro e sul do território do Continente.
Ecologia/habitat: areias marítimas e dunas litorais.
Floração: de Abril a Junho.
Estado de conservação: a espécie encontra-se ameaçada  por frequente perturbação do habitat. Goza, no entanto, de protecção legal: "Anexo IV da Directiva Habitats, Anexo II da Directiva Habitats" (fonte)
[Local e data: Foz do LiZandro (Ericeira); 13 - Abril - 2017]

domingo, 15 de março de 2015

Scrophularia sublyrata









Scrophularia sublyrata Brot.
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) glabra, rizomatosa, cujos caules, muito ramificados, em geral, não ultrapassam 70cm.
É uma espécie que apresenta grande variabilidade morfológica, a ponto de os espécimes caracterizados por serem de menor tamanho e possuírem folhas de cor verde claro, delgadas, indivisas ou penatissectas com apenas um par de segmentos laterais e inflorescências curtas e paucifloras terem sido tradicionalmente incluídos numa espécie denominada Scrophularia schousboei. Segundo a Flora Ibérica, fonte que tenho vindo a seguir, tais características são próprias dos exemplares da S. sublyrata nas primeiras fases do seu desenvolvimento. Caso mais duvidoso e a carecer de estudo mais aprofundado é, segundo a mesma fonte, o das plantas existentes no Cabo Espichel, classificadas como S. sublyrata, mas que apresentam algumas especificidades: são plantas muito carnudas, característica particularmente evidente nas folhas (estas tipicamente penatissectas e com margens crenadas) e nas brácteas.
Família: Scrophulariaceae;
Distribuição: Endemismo ibérico com distribuição limitada à parte ocidental da Península Ibérica, incluindo, do lado português, grande parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura, Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes) e do lado espanhol, três províncias contíguas à fronteira luso-espanhola (Salamanca, Cáceres e Badajoz).
Ecologia/habitat: em dunas, bem como em fissuras e cavidades de rochas, em zonas próximas do litoral; em locais rochosos nas regiões do interior, a altitudes até aos 1300m.
Floração: de Janeiro a Julho.
[Local e datas: Duna Cresmina; Cascais; 12 - Março - 2015 (as primeiras 5 fotos); 26 - Janeiro - 2015 (as restantes)] 

sábado, 7 de dezembro de 2013

Escrofulária-das-praias (Scrophularia frutescens)

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

(7)

Escrofulária-das-praias (Scrophularia frutescens L.)

Pequeno arbusto (com altura até 60cm) mais ou menos ramificado, glabro, com folhas carnudas, sésseis ou curtamente pecioladas,´obovadas ou oblongo-lanceoladas, no geral, não divididas, salvo as inferiores, por vezes, penatilobadas, com margens inteiras, serradas ou crenadas; flores com corola bilabiada de cor roxa,com os lóbulos laterais esbranquiçados, dispostas em cimeiras (3 a 15 flores) agrupadas em inflorescências em cacho, em geral alongado, em cujo eixo, entroncam alternadamente. Frutos constituídos por cápsulas ovóides ou quase globosas, escuras na maturação.
São reconhecidas duas variedades desta espécie: a var. frutescens caracterizada por possuir folhas com limbo com comprimento superior ao dobro da largura, com margens serradas, englobando-se as restantes na var. latifolia.
Ecologia/habitat: areias litorais e dunas consolidadas. É considerada como espécie psamófila (=desenvolve-se normalmente em terrenos arenosos). No caso, em geral, em zonas costeiras. 
Distribuição: na Península Ibérica e Noroeste de África e, dubitativamente, na Sicília. Em Portugal ocorre ao longo de todo o litoral ocidental do território do Continente, desde o Minho até ao Algarve. Um tanto surpreendentemente, a Flora Ibérica assinala também a sua ocorrência na Beira Baixa.
Floração: de Maio a Agosto.
[Local e datas: Praia do Bom Sucesso (Lagoa de Óbidos); 9 - Maio - 2013 (fotos 1 a 6); 26 - Agosto - 2012 (foto 7)]

domingo, 2 de junho de 2013

Scrophularia grandiflora







Scrophularia grandiflora DC.
Erva vivaz, rizomatosa, (tipo fisionómico: hemicriptófito) da família Scrophulariaceae. É uma planta relativamente robusta, cujo caule, erecto, ramificado na base, densamente glanduloso-pubescente,  pode atingir até 1,80m; com folhas penatissectas com 2 ou 3 pares de segmentos laterais e um terminal, este ovado ou ovado-elíptico. Inflorescência extensa (até cerca de 1 m) distribuindo-se as flores com corola bilabiada,  de cor rosa-púrpura, ao longo da inflorescência em aglomerados com o número de flores de cada conjunto a diminuir a partir da base da inflorescência (até 10, na base e entre 2 e 6 nos restantes).
Esta espécie pode facilmente confundir-se com a sua congénere Scrophularia sambucifolia, pois as duas espécies são bastante semelhantes. O que, em particular, as distingue é a circunstância de a S. grandiflora ser densamente pubescente e glandulosa e a S. sambucifolia ser quase glabra (isto é, sem pêlos), como se pode observar na comparação que aqui nos é oferecida.
Distribuição: É um endemismo português confinado ao Centro Oeste do território do Continente, onde se desenvolve em lugares um tanto húmidos, mais ou menos sombrios, na orla e sob coberto de matas, em taludes ervosos, à beira de estradas e caminhos, por vezes na proximidade ou mesmo no meio das valetas que ladeiam aquelas vias. 
Floração: de Março a Julho
(Local e data: junto da povoação de Dreia - Arganil; 13 - Maio - 2013)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Verbasco (Verbascum virgatum)

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)
Verbasco *(Verbascum virgatum Stokes)
Erva bienal, (tipo fisionómico: hemicriptófito), glandulosa, pubescente, da família Scrophulariaceae, com caule (50 a 200 cm) erecto, frequentemente simples, por vezes escassamente ramificado; folhas alternas, de oblongo-lanceoladas a ovado-lanceoladas, dentadas ou crenadas; flores com corola de cor amarela dispostas (em grupos ou isoladas) em inflorescências racemosas que podem atingir mais de 1 m de altura
Distribuição: Espécie nativa da Europa Ocidental (Península Ibérica, França, Inglaterra e norte de Itália); introduzida e naturalizada em várias outras regiões e continentes.
Em Portugal continental distribui-se desde o Minho ao Algarve, de forma descontínua, não sendo, aparentemente, muito vulgar. 
Habitat: em pastagens, terrenos agrícolas abandonados, à beira de estradas e caminhos e em terrenos perturbados, húmidos.
Floração: de Maio a Setembro.
*Outros nomes comuns: Barbasco; Blatária-grande; Blatária-maior; Verbasco-das-varas.
[Locais e datas: Rapoula do Côa - Sabugal; 15 / 22 - Junho - 2012 (fotos 1, 2, 4, 5 e 6) ; Aldeia de S. Francisco - Covilhã; 7 - Junho - 2012 (foto 3)]