domingo, 7 de janeiro de 2018

Murbeckiella sousae







Murbeckiella sousae Rothm.
Erva perene, com caules que podem atingir até 35 cm; folhas basais (numerosas) divididas  (de penatifendidas a penatissectas); folhas caulinares (pouco numerosas) penatifendidas ou penatipartidas;  flores com pétalas brancas ou, raras vezes, rosadas; frutos relativamente compridos (3 a 6 cm).
Em Portugal ocorre uma outra espécie do mesmo género com "hábito" muito semelhante (M. boryi). Para distinguir as duas espécies o portal da SPBotânica (Flora.on) sugere que se atente: na forma das folhas basais (as da M. boryi são, em geral e ao contrário das da M. sousae, "inteiras ou só superficialmente divididas"); e no comprimento dos frutos (os  da M. boryi com 1 a 2,5 cm, são bem mais curtos que os da congénere). Um outro dado pode servir para remover eventuais dúvidas:  a M. sousae não ocorre a altitudes superiores a 1300m e, ao invés, a M. boryi só surge altitudes a partir de 1300m. 
Tipo biológico:caméfito.
Família: Brassicaceae / Cruciferae;
Distribuição: endemismo lusitano, com ocorrência limitada ao Centro e Norte de Portugal Continental.
Ecologia/habitat: fissuras de rochas siliciosas a altitudes entre 200 e 1300m.
Floração: de Março a Julho.
[Local e datas: Serra do Açor: 13 - Maio - 2013 (4 primeiras fotos); 28 - Maio 2017 (fotos restantes)]
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sábado, 6 de janeiro de 2018

Euphorbia paniculata subsp. welwitschii

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Euphorbia paniculata Desf. subsp. welwitschii (Boiss. & Reut.) Vicens, Molero e C.Blanché
Planta perene, glabra, com caules  herbáceos ou pouco lenhificados na base, com 4 a 8 ramos laterais férteis; folhas elípticas,  geralmente serrilhadas e truncadas na base; pleiocásio com 5 ou 6 raios; ciátio glabro, com nectários amarelos, inteiros, desprovidos de apêndices, frutos aproximadamente esféricos, glabros, e com numerosas verrugas dorsais.
Tipo biológico: caméfito;
FamíliaEuphorbiaceae:
Distribuição: Endemismo lusitano, com ocorrência circunscrita ao Ribatejo e à Estremadura.
Ecologia/habitat: clareiras de matos, em solos calcários e em locais com alguma  humidade.
Floração: de Março a Junho.
[Local e datas: Serra de Montejunto; 15 - Abril - 2014 (fotos 6,7 e 8); 1 - Abril - 2016 (fotos 5 e 10); 22 - Abril - 2017 (fotos restantes)]

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Aranhões (Illecebrum verticillatum)

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Aranhões (Illecebrum verticillatum L.)
Erva anual, multicaule, glabra,  prostrada ou ascendente, com caules filiformes, enraizantes nos nós, folhas opostas, inteiras, linear-espatuladas, ovadas ou redondas; flores dispostas em cimeiras axilares, 2 em cada nó.
Tipo biológico : terófito;
FamíliaCaryophyllaceae;
Distribuição: Oeste, Centro e Sul da Europa;  Norte de África e arquipélagos da Madeira e das Canárias. 
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, quer no arquipélago da Madeira, quer em todo o território do  Continente e, como espécie introduzida, está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: terrenos siliciosos, arenosos ou cascalhentos, húmidos, frequentemente em locais temporariamente encharcados ou inundados, a altitudes até 1700m.
Floração: de Março a Setembro.
[Locais e datas: Serra da Arada (S.Pedro do Sul); 23 - Agosto - 2017 (fotos 1 a 5); 16 - Agosto - 2017 (fotos 6 e 7);   S. Miguel de Acha (Idanha-a-Nova): 10 - Abril- 2015 (foto 8)]

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Tremoceiro-cerdoso (Lupinus micranthus)




Tremoceiro-cerdoso ou Tremoceiro-hirsuto Lupinus micranthus Guss.)
Erva anual, hirsuta, com folhas longamente pecioladas (pecíolo com 4 a 10cm), palmatissectas, com 5 a 9 folíolos, com pêlos nas duas páginas; flores com corola de cor azulada, apresentando o estandarte uma mancha esbranquiçada no centro, flores que se agrupam em inflorescência em cacho com 5 a 10 cm.
Tipo biológico: Terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. Em Portugal ocorre apenas no Centro e Sul do território do Continente. 
Ecologia/habitat: campos agrícolas abandonados ou em pousio, matos degradados, baldios, bermas de estradas e caminhos, em solos bem drenados,  ácidos ou descarbonatados, a altitudes até 700 m.
Floração: de Março a Junho.
[Local e data: Vila Verde de Ficalho (concelho de Serpa); 4 - Abril - 2017]
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Exóticas nos Açores (V): Doodia caudata




Doodia caudata (Cav.) R.Br.
Feto da família Blechnaceae, originário da Austrália e da Nova Zelândia, introduzido nos Açores,  provavelmente para fins ornamentais, encontra-se actualmente naturalizado em todas as ilhas do arquipélago, com excepção da ilha das Flores.
[Local e data: ilha de S. Jorge (Açores); 24 - Julho - 2017]

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Albízia (Paraserianthes lophantha)




Albízia [Paraserianthes lophantha (Willd.) I.C. Nielsen]
Arbusto ou pequena árvore que pode atingir  até 6 m de altura; com folhas recompostas, alternas, com  12 a 23 cm de comprimento: flores amarelo-esbranquiçadas agrupadas em inflorescência em espiga, com 4 a 8 cm de comprimento; frutos  (vagens) com 6 a 12 sementes pretas.
Tipo biológico: fanerófito.
FamíliaFabaceae / Leguminosae.
Distribuição: planta originária da Austrália, introduzida em Portugal, onde tem actualmente o estatuto de espécie invasora, estando presente, quer no território do Continente, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Floração: floresce durante grande parte do ano, mas com maior intensidade de Julho a Agosto.
Sinonímia: Albizia lophantha (Will.) Benth.
(Local e data: Praia da Lagoa de Santo André; 17 - Novembro - 2017)
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domingo, 17 de dezembro de 2017

#Exóticas nos Açores (IV): Tapete-inglês (Polygonum capitatum)



Tapete-inglês (Polygonum capitatum Buch.-Ham. ex D.Don)
Planta perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Polygonaceae.
Distribuição: é originária dos Himalaias e do Leste da Ásia. Planta com interesse ornamental foi introduzida e encontra-se naturalizada noutras partes do mundo, incluindo em Portugal (Continente, e arquipélagos dos Açores e da Madeira). Nos Açores e designadamente em duas ilhas que visitei recentemente - Pico e S. Jorge - a planta é não só muito comum, como revela ter características para se comportar como a planta invasora.
Ecologia/habitat: taludes e bermas de estradas e caminhos, muros e pastagens, em locais húmidos, a altitudes (nos Açores) até a 800m.
Floração: ao longo do ano, com maior intensidade de Março a Setembro.
(Local e data: Ilha de S. Jorge; 23 - Julho - 2017)
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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Pastinaca sativa subsp. sylvestris

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Pastinaca sativa subsp. sylvestris (Mill.) Rouy & E.G. Camus
Uma novidade para a flora portuguesa e, pelo menos aparentemente, também uma raridade, visto que, em território português, por ora, apenas é conhecida uma população com algumas (poucas) dezenas de exemplares. Trata-se de uma planta bienal, densamente pilosa, com caules estriados, erectos, ramificados que podem atingir 2 metros de altura; folhas penatissectas (1 ou 2 vezes) com 5 a 11 folíolos, frequentemente lobados; flores com pétalas amarelas com o ápice encurvado, agrupadas em inflorescências em umbela com 5 a 20 raios com comprimento desigual.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família; Apiaceae / Umbelliferae;
Distribuição: Originária da região eurosiberiana, é considerada actualmente como cosmopolita quanto à distribuição.
Ecologia/habitat: como planta ruderal, que é, pode encontrar-se em valetas, bermas de estradas  e caminhos, nas margens de cursos de água e na proximidade de hortas, a altitudes até 1600m.
Floração: de Julho a Outubro.
[Local e datas: Serra de Malcata (Sabugal); 20 - Junho - 2014 (fotos 7 e 8); 20 - Julho - 2015 (Fotos 5 e 10); 11 - Setembro -2015 (Fotos restantes)]