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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Leite-de-galinha (Ornithogalum umbelatum)


Leite-de-galinha (Ornithogalum umbelatum L.)
Planta bolbosa, da família Hyacinthaceae, é designada em Portugal, à semelhança de várias outras espécies do mesmo género por Leite-de-galinha (in Portugal Botânico de A a Z), sendo-lhe também atribuído o nome de Estrela-de-Belém,  por influência da designação inglesa Star of Bethléem.
Como planta espontânea ocorre no centro e sul da Europa, norte de África e sudoeste da Ásia. No entanto, segundo o mapa de distribuição disponível nesta fonte, ela está também presente em boa parte do leste dos Estados Unidos. Segundo o mesmo mapa, também ocorre em Portugal como espontânea mas é, pelo menos duvidoso que assim seja, pois a Flora Digital de Portugal não a inclui entre as espécies do mesmo género e  o Paulo Araújo não parece inclinar-se nesse sentido.
Floração de março a maio. 
(Local e data: Manavgat - Antália - Turquia; 01 - abril - 2011)
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Jacinto-da-tarde (Dipcadi serotinum)

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Jacinto-da-tarde, ou Jacinto-serôdio [Dipcadi serotinum (L.) Medik.*]

Planta herbácea, bulbosa, perene, da família Hyacinthaceae, o Jacinto-da-tarde distribui-se pelo sudoeste europeu, norte de África e Canárias, aparecendo, geralmente, em terrenos rochosos ou arenosos, desde  o litoral até altitudes próximas dos 2000 m. Em Portugal está presente no noroeste, bem como no centro e sul do território do Continente.
Apresenta haste floral com 20-40 cm de altura, folhas (3-5) em roseta basal, lineares, com cerca de 30 cm de comprimento; flores em forma de sino, em número variável (6-23) dispostas, mais ou menos unilateralmente, em espiga pouco densa; frutos sob a forma de cápsula globosa; e sementes escuras e achatadas.
Floração: de fevereiro a maio.
*Sinonímia: Hyacinthus serotinus L.;Uropetalum serotinum (L.) Ker-Gawler
Local e datas: plataforma superior da Arriba Fóssil - Capuchos - Almada; 21- março - 2011 (fotos 1, 2 e 3);  11- abril - 2011 (foto 4)
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Leite-de-galinha (Ornithogalum concinnum)

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Leite-de-galinha * (Ornithogalum concinnum  (Salisb.) P. Cout.?)

Plantas fotografadas em três locais diferentes, mas que são todas elas, suponho eu, da mesma espécie.
Avistei a primeira, em 17 de junho deste ano, isolada, na encosta do Cântaro Raso (Serra da Estrela) à beira da estrada (fotos 1 e 2) e ao observá-la, tendo na lembrança imagens vistas anteriormente, pensei estar em presença da espécie Ornithogalum broteroi, ideia que só abandonei ao ler aqui que esta espécie não tem mais que uma folha, não sendo este o caso das plantas acima reproduzidas. Forçado a novas pesquisas, acabei por chegar à conclusão (?) de que a espécie em questão não poderia ser outra que não fosse a indicada em título.
Ainda na Serra da Estrela e na mesma data, uns quilómetros mais abaixo (por estrada) em direcção à Covilhã, numa zona relativamente plana, afastada da estrada, a altitude entre os 1200 e os 1300m, encontrei, não uma planta isolada, mas mais duma dezena beneficiando da sombra duma rocha arredondada, formando quase um círculo completo à volta dela (fotos 3 e 4).
Dias depois, em 24 do mesmo mês, fui encontrar vários outros exemplares mesmo junto à nascente do Rio Côa (à altitude de 1175m) na Serra das Mesas (elevação de natureza granítica integrada geomoforlogicamente na Serra de Malcata, onde esta, por sinal, atinge a sua maior altitude - 1256m -  situada na freguesia de Fóios, concelho do Sabugal e a que é atribuída localmente aquela designação) (fotos 5 e 6).
Já vai longa a descrição da excursão, pelo que é altura de olhar para a planta:
Partindo do pressuposto que a identificação supra está correcta, a distribuição da espécie, segundo a Flora Digital de Portugal está limitada a Portugal. Porém, de acordo com a Wikipédia em língua espanhola, trata-se dum endemismo ibérico presente nalguns lugares de Portugal e nas regiões mais ocidentais do Sistema Central espanhol. Por sua vez, o "Dias com árvores" considera também a espécie como um endemismo peninsular que "ocorre no noroeste da Península Ibérica e ainda no Cabo da Roca e no litoral de Alcácer do Sal", geralmente "em clareiras de matos e de bosques, sobre solos silícios, em altitudes dos 200 aos 2000m". Acrescentaria eu da minha lavra que também surge, partindo do aludido pressuposto de estar certa a identificação, em relvados húmidos, como é o caso das plantas encontradas junto da nascente do Côa, nascente que, recorda-se, se situa a escassas duas centenas de metros da fronteira luso-espanhola, facto que me leva a concluir que o mais provável é que se trate efectivamente dum endemismo ibérico, até porque a Serra de Malcata se integra no sector mais ocidental da Cordilheira Central da Península.
Floração: de março a julho.
*Compartilha com outras espécies do mesmo género não só a designação comum de Leite-de-galinha, mas também a de Donzelas.
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ornithogalum pyrenaicum



Ornithogalum pyrenaicum L.
Foi num espaço por onde já passei milhares de vezes (digo bem: milhares de vezes) num relvado nas margens do Côa, que acabei por deparar com esta bela espécie da família Hyacintaceae e que identifiquei graças, uma vez mais, ao Paulo Araújo. Quem mais haveria de ser ? 
A espécie, que é uma herbácea bulbosa, distribui-se, segundo a Flora Digital, por boa parte da Europa até ao sul da Grã Bretanha, pelo Cáucaso, Turquia (sudoeste da Ásia),  Marrocos  (norte de África) e Macaronésia (Canárias) e, segundo o mapa de distribuição fornecido pela mesma fonte, a espécie ocorre em Portugal em quase todo o território do Continente, com excepção do Alto Alentejo, de parte do Ribatejo e da zona litoral do Algarve, em zonas de matos, matagais e relvados húmidos. Não é, ao que me parece, particularmente abundante.
Segundo esta fonte, esta e esta, a planta, ao brotar é comestível. Daí que, em francês, a espécie seja conhecida pelas designações comuns de asperge des bois e aspergette e, em inglês, por Prussian asparaguswild asparagus e Bath Asparagus. Em Portugal é que ainda se não descobriu esta utilidade da espécie, o que não admira, pois ainda nem sequer se encontrou um nome para a designar em vernáculo.
Floresce de maio a julho.
(Local e data: Rapoula do Côa - Sabugal; 21 - junho - 2011)
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domingo, 1 de maio de 2011

Jacinto-dos-campos (Hyacinthoides hispanica)



Jacinto-dos-campos [Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm.]
Erva vivaz, bolbosa, da família Hyacinthaceae, com   haste floral com altura que pode ir de 1 a 5 dm; com folhas  (2 a 7) lineares a oblongo-lanceoladas; e flores tubuloso-campanuladas, azul-violáceas, dispostas em cacho, em número variável.
É considerada nativa da Península Ibérica (e também do norte de África ?) encontrando-se, todavia, naturalizada noutros países da Europa ocidental e meridional, o que não constitui motivo para grande espanto, já que se trata de uma planta que é cultivada para fins ornamentais. Em Portugal ocorre em quase todo o país, em matas de carvalhais ou sobreirais e em matos mais ou menos húmidos (segundo  o guia de campo Flores da Arrábida, já citado, mais de uma vez, nestas páginas e  do qual me socorri, novamente, para a descrição supra). Que a espécie também surge nas zonas mais fundeiras (logo mais húmidas) de encostas com povoamentos pouco densos de pinheiros, garanto eu.
Floresce de Fevereiro a Maio, segundo o citado Flores da Arrábida e de Março - Junho, segundo esta outra fonte, divergência que não estou em condições de ultrapassar, visto que as fotos foram obtidas em data compatível com qualquer das duas teses.
(Local e data: Troviscal - Sertã; 09 - abril - 2011)
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domingo, 23 de janeiro de 2011

Cila-de-uma-folha (Scilla monophyllos)

Cila-de-uma-folha (Scilla monophyllos Link*; sin: Scilla pumila Brot.)
A Cila-de-uma-folha, também conhecida pelas designações vulgares de Cebola-albarrã e Jacinto-dos-campos é uma planta bolbosa da família Hyacinthaceae, endémica da Península Ibérica, que se caracteriza, principalmente, pela apresentação de uma só folha (como o indicam as designações científica e vulgar). Surge sobretudo em charnecas e pinhais, em clareiras de matagais e em lugares arenosos.
[* Reproduz-se aqui a designação científica tradicional. Há, no entanto, quem tenha proposto a divisão do género Scilla em dezassete géneros, integrando a Scilla monophyllos no género Tractema, com a designação de Tractema monophyllos (Link) Speta (fonte)].
(Local e data: Parque da Paz - Almada; 23 - janeiro - 2011)
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