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domingo, 29 de setembro de 2024

Lírio-fétido (Iris foetidissima)




 Lírio-fétido *(Iris foetidissima L.)

Planta rizomatosa, perene, da família Iridaceae, pode atingir cerca de um metro de altura, embora, por regra, se fique por dimensões mais modestas, variando entre 30 e 90 cm. É  nativa da Europa ocidental e meridional e do norte de África. Em Portugal ocorre um pouco por todo o país, em zonas de mato e de floresta com boas abertas, em sítios mais húmidos ou menos húmidos, desde que sombrios. Não é, no entanto, uma planta que se encontre com muita frequência.
Deve a sua designação, quer a vulgar, quer a científica ao facto de as folhas emitirem um odor pouco agradável, quando cortadas ou esmagadas. Não obstante, é uma planta que é cultivada e usada como planta ornamental, não  devido às flores que apresentam cores (amarelo e violeta) pouco vivas e mesmo baças, mas sim devido às sementes muito vistosas (vermelho-coral) que permanecem longo tempo nas respectivas cápsulas depois de abertas.
Floresce de Maio a Julho.
*Outro nome comum: Íris-fétida
(Avistamento: Serra de Montejunto; 30  - Junho - 2016) 

domingo, 16 de abril de 2023

Flor-arlequim (Sparaxis tricolor)



Flor-arlequim [Sparaxis tricolor (Schneev.) Ker Gawl.] *,
Planta bulbosa, perene, com 12 a 30 cm. Tem como característica diferenciadora o facto de ter flores com três cores (centro amarelo rodeado por um anel castanho escuro, circundado por uma cor diferente e que pode variar.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição: Planta endémica do África do Sul, introduzida para fins ornamentais em diversos outros países. Em Portugal, ao que julgo, ocorre apenas como planta cultivada, podendo, eventualmente, encontrar-se um ou outro indivíduo escapado de cultivo, como parece ter sido o meu caso.
* Sinonímia: Ixia tricolor Schneev. (Basónimo)
[Avistamento: talude à beira da estrada entre Aldeia das Amoreiras e São Martinho das Amoreiras (Odemira); 23 - Março - 2023]
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sábado, 11 de dezembro de 2021

Lírio-cardeno (Iris lutescens)




Lírio-cardeno * (Iris lutescens Lam. **)
Erva perene, com rizoma com 5 a 16 cm de diâmetro, com numerosas raízes flexíveis; caules com 4 a 40 cm, simples, cilíndricos, lisos; folhas ensiformes; as basais com 4 a 33 cm, persistentes; raras as caulinares; inflorescência não ramosa, reduzida, por via de regra, a uma flor solitária, ou excepcionalmente a 2 e ainda mais raramente a 3; flores com tépalas de cor variada: roxa, azul, púrpurea, amarela e, excepcionalmente, branca.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição: Oeste da Região Mediterrânica.
Em Portugal a sua distribuição está limitada ao território do Continente e circunscrita à Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: prados e clareiras de matos, em terrenos secos, frequentemente pedregosos e pouco profundos, de natureza calcária, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Fevereiro a Maio.
Nota: É controversa a inclusão das plantas com as tépalas de cor roxa, como as que figuram nas imagens supra e que ocorrem em Portugal no "centro oeste calcário e olissiponense", no Sudeste de Espanha e em Marrocos, na zona de Tânger, na espécie Iris lutescens. Com efeito, alguns autores classificam tais plantas com pertencendo a uma espécie distinta a que é dada a designação de Iris subbiflora Brot., designação que, para outros, é apenas sinónimo de Iris lutescens.
* Outros nomes comuns: Lírio-cardano; Lírio-roxo;
**Sinonímia: Iris subbiflora Brot.; I. chamaeiris Bertol.;I. olbiensis Hénon; I. lutescens subsp. olbiensis (Hénon) Rouy & Foucaud; I. lutescens subsp. subbiflora (Brot.) D.A. Webb & Chater.
[Avistamento: Cheleiros (Mafra); 13 - Março - 2018]
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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Espadana-dos-montes (Gladiolus communis)

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 Espadana-dos-montes * (Gladiolus communis L.**)
Erva perene, bulbosa, glabra, com 25 a 90 cm. Bolbo com 1 a 3 cm de diâmetro, coberto com túnica formada por fibras finas e paralelas, dispondo-se estas em forma de rede na parte superior; folhas ensiformes que, por via de regra, não alcançam a base da inflorescência, só atingindo as flores inferiores em casos raros; inflorescência especiforme, em geral, simples e unilateral, normalmente com 6 a 10 flores;  perianto purpúreo; tépalas (6) elípticas ou obovadas, as 3 superiores sem manchas; as 3 inferiores com mancha central esbranquiçada, elíptica,  mais estreita na tépala central do que nas 2 laterais; anteras amarelas, com comprimento, em geral, inferior ao do respectivo filamento; fruto (cápsula) obovado, mais comprido que largo; sementes comprimidas com uma asa membranácea.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição: Sul e Oeste da Europa.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em todo o território do Continente. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: clareiras de matos; relvados e pastagens em terrenos secos, com frequência pedregosos, ensolarados, a altitudes até 1500 m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Março a Julho.
*Outros nomes comuns: Bordões-de-São-José; Calças-de-cuco; Espadana-bulbosa; Estoque; Gladíolo; Palmas-de-Santa-Rita.
*Sinónimos: Gladiolus illyricus W.D.J. Koch.; Gladiolus reuteri Boiss. in Boiss & Reut.; Gladiolus illyricus subsp. reuteri (Boiss.) K.Richt.
[Avistamentos: concelho de Silves; 8 - Março - 2016 (foto 6); Serra de Montejunto; 17 - Maio - 2016 (fotos 2, 3 e 5); Arriba Fóssil (Costa da Caparica); 8 - Maio - 2021 (fotos restantes)

domingo, 25 de abril de 2021

Lírio-roxo (Iris germanica)




Lírio-roxo *(Iris germanica L.)
Erva perene, rizomatosa, de folhas ensiformes, com caules cilíndricos, lisos, por vezes, ramificados no topo, que podem atingir até cerca de 100 cm.
Tipo biológico: geófito;
Família:Iridaceae;
Considerada por alguns autores com um híbrido natural (v.g.: I. palida x I. variegata) e de origem duvidosa (Europa central e meridional, para uns; região mediterrânica oriental para outros tantos) certo é que esta espécie é, desde há muito tempo, cultivada como planta ornamental, encontrando-se actualmente naturalizada em grande parte do globo. Portugal não é excepção.
A sua dispersão fica a dever-se, pelo menos, na maior parte dos casos, ao abandono e deposição de rizomas e de outros restos de plantas retiradas de cultivo. Não admira, por isso, que ela surja, sobretudo em "taludes de estradas, bermas de caminhos, entulhos [e] (...) perto de habitações em ruínas" (fonte), o que, todavia, não exclui o seu aparecimento noutros locais. Mesmo em tais casos, a explicação para o seu aparecimento será, provavelmente, a mesma, visto que a planta, no espaço da Península Ibérica é, também provavelmente, estéril, de acordo com o entendimento expresso na Flora Ibérica, sendo pois improvável que a propagação da espécie possa ter origem na dispersão de sementes.
Floração: de Fevereiro a Junho.
* Outros nomes comuns: Lírio-da-Alemanha; Lírio-germânico; Lírio-cardano; Íris-de-Florença; Lírio-florentino; Lírio-cor-do-céu; Lírio-roxo-dos-montes. No Brasil: Flor-de-lis, Íris-barbado.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Plantas ornamentais: Iris unguicularis




Iris unguicularis Poir.*
Erva perene, rizomatosa, com rizoma fino; folhas lineares, ensiformes que podem atingir até cerca de 50cm; caule inexistente ou muito curto, tendo, em contrapartida, as flores (solitárias) um tubo coralino que pode ser confundido com o caule, com 6 a 28 cm de comprimento.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae.
Distribuição: Planta nativa do Mediterrâneo Oriental e do Norte de África, é, no entanto, cultivada actualmente noutras regiões temperadas, para fins ornamentais,sendo utilizada, sobretudo, em jardins.
Floração: floresce a partir do final do Inverno e durante boa parte da Primavera.
*Sinonímia: Siphonostylis unguicularis (Poir.) Wern.Schulze.
[Local e data do avistamento: Jardim da Gulbenkian  (Lisboa); 10 - Janeiro - 2019]
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terça-feira, 4 de junho de 2019

Lírio-amarelo-dos-montes (Iris xiphium var. lusitanica)






Lírio-amarelo-dos-montes ou Maios-amarelos [Iris xiphium var. lusitanica (Ker Gawl.) Franco; Sinónimo: Iris lusitanica Ker Gawl.]
Planta bulbosa, perene, com caule cilíndrico que pode atingir até cerca de 80cm; com flores tingidas de um amarelo vibrante.
Tipo biológico: geófito.
Família: Iridaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica, com ocorrência limitada à Região Centro em Portugal e, no país vizinho, à Estremadura espanhola.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de matos e bosques, frequentemente em solos pedregosos. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Abril a Julho.
Observações:
1. A classificação desta planta não é consensual. A Flora Iberica classifica-a como mais uma espécie do género Xiphion Mill., sob a designação de Xiphion vulgare Mill., não dando qualquer relevância  à cor das tépalas (azul-violeta, amarelo, ou branco).
2. Esta planta foi incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, tendo-lhe sido atribuída, na versão preliminar a classificação de "Pouco preocupante" atendendo aos critérios da UICN.

(Data e lugar onde foram colhidas as fotos publicadas: Costa atlântica, por alturas de Salir do Porto; em 24 - Maio - 2019)

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Lírio-de-amor-perfeito (Iris planifolia)





Lírio-de-amor-perfeito [Iris planifolia (Mill.) Fiori & Paol. *]
Erva bulbosa, perene, com bolbo ovóide e raízes grossas e fistulosas; caule subterrâneo, simples, que pode atingir até 3 cm;  folhas (todas basais) lineares ou linear-lanceoladas com 15 a 35 cm de comprimento, com limbo um tanto recurvado e agudo no ápice; flores (1 ou 2) suportadas por pedicelos com cerca de 1cm, mas que podem atingir até 8 cm na frutificação; tépalas externas de cor azul ou violeta,  muito raramente brancas, com marcas de linhas esbranquiçadas e uma mancha central amarela; tépalas internas de cor azul pálido.
Tipo biológico: geófito;
Família Iridaceae:
Distribuição: Região Mediterrânica (na Europa: desde Creta e Grécia até à Península Ibérica; em África: Líbia e Magrebe).
Em Portugal ocorre tão só no território do Continente e apenas no Algarve,  Alentejo (Alto e Baixo) e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: pastagens e clareiras de matos, em terrenos argilosos, por vezes, gessosos, carbonatados, mais ou menos pedregosos ou rochosos, a altitudes até 1300m.
Floração: de Dezembro a Maio. 
*Sinonímia:  Xiphion planifolium Mill. (Basónimo) Juno planifolia (Mill.) Asch.;Iris planifolia (Mill.) T. Durand & Schinz; Coresantha alata (Poir.) Klatt; Thelysia alata (Poir.) Parl.; Juno Alata (Poir.) Rodion.; Iris Alata Poir.; Xiphion alatum (Poir.) Baker; Neubeckia scorpioides (Desf.) Alef.; Juno scorpioides (Desf.) Tratt.; Costia scorpioides (Desf.) Willk.; Iris scorpioides Desf.; Iris transtagana Brot.;
[Local e datas: Odiáxere (Algarve); 1-3 - Fevereiro - 2017]
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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Romulea bulbocodium






Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri *
Erva perene, bulbosa (bolbo com 6 a 15 mm de diâmetro), caule muito curto antes e durante a floração, podendo, após esta, chegar a atingir até 17 cm; folhas basais (2) e caulinares (até 5) filiformes, muito mais compridas que o caule; flores (1 a 6) com tépalas coloridas em vários tons e  estilo com ramificações que ultrapassam claramente as anteras.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição:Sul da Europa; Norte de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal encontra-se em todo o território do Continente. Inexistente nos arquipélagos da Madeira, e dos Açores;
Ecologia/habitat: pastagens e outros relvados; orlas e clareiras de matos e bosques, com frequência em terrenos perturbados, ácidos ou descarbonatados, a altitudes até 1200m. 
Floração: de Janeiro a Maio.
*SinonímiaCrocus bulbocodium L. (basónimo).
(Local e data: Foz do Lizandro (Ericeira - Mafra); 16 - Fevereiro - 2017)
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domingo, 12 de novembro de 2017

Açafrão-bravo (Crocus clusii)

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Açafrão-bravo ou Pé-de-burro (Crocus clusii J. Gay *)
Erva perene, bulbosa, com bolbo quase esférico, solitário, revestido por túnicas internas e externas, estas formadas por fibras grossas entrelaçadas; 3 a 7 folhas que podem surgir simultaneamente com (ou logo após) o desabrochar floral; flores (1 ou 2) com tépalas de cor lilás; estilo cor de laranja muito ramificado e, em comprimento, maior que os estames (estes com antera e filete amarelados).
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição: Endemismo ibérico, circunscrito à metade ocidental de Península Ibérica. A ocorrência da espécie em Portugal é dada como certa no Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura e Beira Litoral e como incerta no Douro Litoral e Minho. 
Ecologia/habitat: pastagens secas e  clareiras de pinhais, em solos arenosos, em geral, próximos do litoral, a altitudes até 120m.
Floração: de Outubro a Dezembro.
* Sinonímia: Crocus serotinus subsp. clusii (Gay) B.Matew
[Locais e datas: Arriba Fóssil - Fonte da Telha (concelho de Almada); 11 - Novembro - 2017 ( fotos 1 a 4); Brejos de Azeitão (concelho de Setúbal); 9 - Novembro - 2017 (fotos restantes)]
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