Sanfeno-bravo (Onobrychis humilis)

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Sanfeno-bravo [Onobrychis humilis (L.) G.López]

Subarbusto um tanto ou quanto sedoso, com caules mais ou menos prostrados (decumbentes ou ascendentes) que podem atingir até 50 cm; folhas com 3 a 10 pares de folíolos; flores com corola púrpura ou branca com nervos purpúreos, agrupadas em inflorescências longamente pedunculadas; frutos com contorno semiorbicular, espinhosos, pelosos, por vezes, glabros.

Características facilmente observáveis distintivas em relação às congéneres: estandarte, em geral mais comprido do que a quilha, apresentando esta uma curvatura em ângulo obtuso; frutos grandes, maiores do que os de qualquer outra espécie com ocorrência na Península Ibérica e com espinhos que podem atingir até 7mm.

Tipo biológico: caméfito;

Família: Fabaceae;

Distribuição: Centro e Sul da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos.

Em Portugal ocorre apenas em parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo e Estremadura)

Ecologia/habitat: pastagens e clareiras de matagais, em solos ácidos (graníticos, arenosos e xistosos) ,por vezes em substrato calcário descarbonatado, a altitudes até 760m.

Floração: de Março a Julho.

Sinonímia: Hedysarum humile L. (Basónimo)

[Locais e datas: Mértola (Alentejo); 6 - Abril - 2017 (fotos 2, 5 e 6); Sagres (Algarve); 9 - Março - 2017 (fotos restantes)

(Clicando nas imagens, amplia) 

Salva-larga (Salvia argentea)

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Salva-larga ( Salvia argentea L.)

Erva bienal ou vivaz, (35 a 100cm), com caule erecto, simples ou ramificado, revestido por indumento denso formado por pêlos glandulosos e não glandulosos; folhas simples, aproximadamente ovadas, com indumento igualmente denso, com margens irregularmente crenadas ou dentadas; inflorescência ramificada onde as flores, com corola bilabiada, branca ou branco-amarelada, se agrupam (6 a 10) em verticilastros mais ou menos numerosos e mais ou menos distantes entre si.

Tipo biológico: hemicriptófito;

Família: Lamiaceae/ labiatae;

Distribuição: Sul da Europa e Noroeste de África.

A ocorrência da espécie em Portugal está, pelo menos aparentemente, circunscrita às regiões do território do Continente a sul do Tejo.

Ecologia/habitat: bermas de estradas e caminhos, pastagens; orlas de campos cultivados; frequentemente em sítios pedregosos, em solo calcário ou silicioso, a altitudes até 1700m.

Floração: de Abril a Julho.

[Local e datas: Estremoz (concelho); 11 - Abril - 2015 (foto 6); 11 - Junho - 2016 (fotos restantes)]

Recomenda-se o uso de lupa...

(Velezia rigida Loefl. ex L.)

... para conseguir ver e apreciar a bela e pequeníssima flor (mais ou menos 0,5 cm de diâmetro) desta planta anual, ela própria de reduzidas dimensões. Com efeito, os, ainda que poucos, exemplares observados no terreno (5 ou 6)  dificilmente alcançariam, em altura, os mínimos que os especialistas lhe atribuem (8 cm). Trata-se, para além disso e  como assinala Miguel Porto no portal da SPBotânica (Flora.on), de uma "planta muito discreta que facilmente passa despercebida". 

Tipo biológico: Terófito;

Família: Caryophyllaceae;

Distribuição: Região Mediterrânica. 

Em Portugal distribui-se por boa parte do território do Continente. De duvidosa ocorrência no Algarve, Beira Alta, Beira Litoral e Douro Litoral, só é dada como certa a sua inexistência no Minho. Inexistente também nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Ecologia/habitat: pastos ralos de ervas anuais, clareiras de matos e bosques, bermas de estradas e caminhos, em solos secos, pouco profundos e frequentemente pedregosos, a altitudes até 1400m.

Floração: de Abril a Julho.

[(Local e data: Estremoz * (concelho); 11 - Junho - 2016]

*Vista da cidade:

Tápsia (Thapsia transtagana)

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Tápsia (Thapsia transtagana Brot.)

Erva perene (tipo biológico; hemicriptófito) com caules, de secção circular, robustos, que podem alcançar até 150cm de altura; folhas basais muito desenvolvidas, de contorno variável, penatissectas com segmentos de última ordem lanceolados, ou oblongos, obtusos ou agudos, em qualquer caso, rígidos e ásperos ao tacto; flores com corola de amarelo intenso agrupadas em umbelas de umbélulas, umas e outras desprovidas de brácteas.

Distribuição; Península Ibérica e Noroeste de África.

Presente em Portugal apenas no Sul e Centro do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo e provavelmente também na Beira Baixa)

Ecologia/habitat: Relvados nitrificados; bermas de estradas e caminhos; clareiras de pinhais e azinhais, em substratos calcários, margosos ou arenosos, a altitudes até 1000m.

Floração: de Março a Junho. 

[Locais e datas; Paderne (Algarve) 25/28 - Março -2014; Alcáçovas (Alentejo) 12 - Abril - 2015]