sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Plantas ornamentais: Cacto-palmado (Opuntia monacantha)







 Cardo-palmado ou Urumbeba [Opuntia monacantha (Willd.) Haworth]
Cacto arbustivo ou arborescente, muito ramificado, podendo atingir até 5 m de altura, com segmentos espalmados, ovalados, verdes, brilhantes, com 10 a 30 cm de comprimento, com revestimento de fortes espinhos (geralmente 1 a 2 por aréola); flores amarelas, solitárias, sésseis, com cerca de 8 cm de diâmetro; fruto carnoso, em forma de pêra, sem espinhos, avermelhado na maturação.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Cactaceae;
Distribuição: planta originária da América do Sul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai), naturalizada na África do Sul e Austrália.
Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada para fins ornamentais.
[Avistamentos: Quinta da Corvina -Trafaria (Almada); 31 - Maio - 2023 (fotos 1 a 5) e Almada; 5 - Maio - 2023 (fotos 6 e 7)]
(Clicando sobre as imagens, amplia)

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Azereiro (Prunus lusitanica)








O Azereiro, também designado por Loureiro-de-portugal e Gingeira-brava [Prunus lusitanica L.; sin: Cerasus lusitanica (L.) Dum. Cours.; Laurocerasus lusitanica (L.) M. Roem.; Padus eglandulosa Moench;  Padus lusitanica (L.) Mill.; Prunus sempervirens Salisb.], planta da família Rosaceae, é considerado como "uma relíquia das florestas de lauráceas que dominavam a área da bacia do Mediterrâneo no Terciário" (Fonte). A espécie apenas sobreviveu nalguns pontos isolados em zonas húmidas ou de montanha, no centro e norte de Portugal, em Espanha, nas ilhas da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias), montanhas de Marrocos e Pirinéus franceses.
São conhecidas duas subespécies: a Prunus lusitanica subsp. lusitanica, que ocorre na Europa continental; e a Prunus lusitanica subsp. azorica (Mouill.) Franco, que ocorre nos Açores. Uma terceira subespécie designada por Prunus lusitanica subsp. hixa (Willd.) Franco é actualmente considerada como espécie autónoma, endémica da Madeira e Canárias, sob a designação científica de Prunus hixa Willd.(Fonte)
Os frutos que esta espécie produz, são de pequena dimensão e mesmo depois de maduros, são amargos e ásperos, pelo que não são comestíveis.
Como planta ornamental o Azereiro foi introduzido noutras regiões temperadas do norte de França, Grã Bretanha, Irlanda, Nova Zelândia e Estados Unidos, onde se encontra já naturalizada (Fonte). Em Portugal, no entanto, não é muito utilizada para fins ornamentais e é pena, digo eu, porque é uma planta de grande beleza, devido, sobretudo, às suas folhas. Que brilham.
(Local e data: Cascata da Fraga da Água d'Alta - Orvalho (Oleiros); 31- Maio -2020)
(Clicando nas imagens, amplia)

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Linaria pseudamethystea



Linaria pseudamethystea Blanca, R. Carmona, Cueto & J. Fuentes

Erva que se caracteriza "por ser anual e glabra e por possuir inflorescência solta; lóbulos do cálice desiguais; corola azul-violeta, com veias escuras conspícuas e palato amarelo a alaranjado, labelo abaxial com duas protuberâncias proeminentes e ornamentação reticulada e muitas vezes com duas manchas grossas, e esporão igual ao comprimento do restante da corola, curva, geralmente azul-violeta escuro ; cápsula globosa e glabra; sementes pretas com disco densamente papiloso e não tuberculado, e asa não espessada" (Fonte).
Espécie só descrita em 23 Fevereiro de 2023 (v. fonte indicada supra) foi durante muitos anos confundida com outras espécies do mesmo género e designadamente com a Linaria amethystea subsp. amethystea, razão que terá levado os seus descritores a atribuir-lhe o qualificativo de pseudamethystea.
Tipo biológico: terófito;
Família: Plantaginaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica, com ocorrência circunscrita ao Sudoeste peninsular e com presença limitada em Portugal ao Alentejo e Algarve.
Ecologia/habitat: relvados anuais; orlas e clareiras de matos, em sítios secos e solo xistoso.
Floração: de Fevereiro a Junho.
(Avistamento: Odeleite (Castro Marim - Algarve); 25 - Março - 2023]
(Clicando sobre as imagens, amplia)

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Verbasco (Verbascum thapsus)






Verbasco *(Verbascum thapsus) L.
Erva bienal, tomentosa, que pode atingir mais de 2 m de altura. Possui caules erectos, lisos, frequentemente muito robustos, com indumento denso; folhas alternas; as basais, pecioladas, elípticas, crenadas ou crenuladas, por vezes inteiras na metade ou terço inferior, tomentosas em ambas as faces; as médias, elípticas ou lanceoladas, crenadas ou crenuladas, claramente decurrentes até cerca de um terço ou até metade do entrenó, por vezes até ao nó imediato; inflorescência espiciforme, ramificada, compacta, com os fascículos dispostos muito densamente, a ponto de ocultarem em boa parte o eixo da inflorescência; flores dispostas (2 a 6) em fascículos; cálice muito tomentoso; corola amarela, tomentosa no exterior; frutos sob a forma de cápsula, ovóide, tomentosa, ligeiramente mais curta que o cálice.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Scrophulariaceae;
Distribuição: Europa, com excepção da Península Balcânica; Ásia Central até ao Altai.
Em Portugal, ocorre, como espécie autóctone, no território do Continente, de forma irregular e descontínua, sendo raramente avistada nas regiões a Sul do Tejo. Presente também, mas como espécie introduzida, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: terrenos incultos, taludes, valetas, bermas de estradas e caminhos, com frequência em solos pedregosos, em locais soalheiros, a altitudes até 1600.
Floração: de Maio a Setembro.
* Outros nomes comuns: Barbasco; Erva-de-são-fiacre; Trócolos-brancos;Vela-de-nossa-senhora (Fonte)
(Avistamento: Trancoso; 14 - Junho - 2023)
(Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Extremosa (Lagerstroemia indica)





Extremosa * (Lagerstroemia indica L.)
Arbusto ou pequena árvore de folha caduca e copa arredondada, frequentemente multicaule, que, por via de regra, não ultrapassará 6 m de altura. Caule com casca lisa, fina, com manchas, que se renova anualmente; folhas alternas, sésseis ou subsésseis, inteiras, verde-escuras, com margem ondulada e superfície brilhante, mudando de cor para amarelo, laranja e vermelho no Outono; flores [com pétalas cujo colorido pode ir do rosado ao branco, ao roxo ou ao purpúreo) que se agrupam em numerosas panículas alongadas; frutos em forma de cápsula com até 6 valvas.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Lythraceae;
Distribuição: planta originária da Ásia, desde o subcontinente indiano, passando pelo Sudeste Asiático, até à China, Península da Coréia e Japão. Introduzida e naturalizada na Europa e na América do Norte. Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada para fins ornamentais.
Floração em Portugal: de Maio a Julho.
* Outros nomes comuns: Flor-de-merenda; Suspiros; Árvore-de-Júpiter.
(Avistamento: Sardoal; 6 - Junho - 2023)
(Clicando nas imagens, amplia)

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Dedaleira (Digitalis purpurea subsp. amandiana)

 









Dedaleira * [Digitalis purpurea subsp. amandiana (Samp.) Hinz **]
Erva perene, escassamente cespitosa. Caules com 50 a 100 cm, glabros, geralmente de cor púrpura, por vezes, verdes; folhas verdes, lustrosas, glabras ou com alguns pêlos glandulíferos na margem,  pecioladas,  com limbo ovado ou elíptico, 2 a 3 vezes mais comprido que largo, claramente dentado; folhas médias não decurrentes; inflorescência com 10 a 50 cm, com 20 a 60 flores, glabra no eixo, salvo um ou outro pêlo glandulífero séssil; flores com pedicelo em geral mais comprido que a bráctea; cálice formado por sépalas por via de regra aplicadas à corola, obtusas, glandulosas; corola campanulada, com 30 a 42 mm, rosada ou purpúrea, glabra no exterior, com tubo  com manchas no interior, com o lábio superior inteiro e o inferior com um lóbulo central; fruto (cápsula), nitidamente mais comprido que o cálice.
Características que claramente distinguem a subsp. amandiana das demais subespécies da Digitalis purpurea: caules glabros; folhas claramente dentadas e, em geral, glabras ou apenas com pêlos glandulíferos na margem; sépalas obtusas.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaPlantaginaceae;
Distribuição: endemismo lusitano, com ocorrência circunscrita às bacias hidrográficas dos rios Douro e Tua, abrangendo território de Trás-os-Montes, Beira Alta e Douro Litoral.
Ecologia/habitat: solos pouco profundos, em locais rochosos, abertos, mas sem grande exposição solar, a altitudes desde 80 a 700 m.
Floração: de Maio a Junho.
Toxicidade: a planta é tóxica.
* Outros nomes comuns: abeloura, abeloura-amarelada, erva-dedal.
** Sinonímia: Digitalis amandiana Samp. (basónimo)
[Avistamento: Numão (Vila Nova de Foz Côa); 13 - Junho - 2023]
(Clicando sobre as imagens, amplia)

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Erva-salsicheira (Dorycnium rectum)


(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

 (6)

 (7)

(8)
Erva-salsicheira [Dorycnium rectum (L.) Ser.*]
Erva perene (com 30 a 200cm) algo lenhosa na base, com caules erectos ou ascendentes muito ramificados.
Tipo biológico: Caméfito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, designadamente no Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: margens de cursos de águas, preferentemente em substratos básicos, a altitudes até 1300m.
Floração: de Maio a Agosto.
*Sinonímia:Lotus rectus L.(Basónimo
(Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Bredo-vermelho (Amaranthus hypochondriacus)




Bredo-vermelho ou Caruru-vermelho (Amaranthus hypochondriacus L.)

Erva anual, com caules erectos, com 18 a 60 cm, algo pelosos na parte superior; folhas alternas, pecioladas, com limbo oval ou lanceolado; flores pentâmeras (com tépalas com 2 a 3 mm, agudas) agrupadas em inflorescências avvermelhadas ou arroxeadas densamente ramificadas, com remate em espicastro terminal; frutos em forma de pixídio com comprimento semelhante ao das tépalas; sementes lenticulares, elipsóides, lisas, negras e brilhantes, com cerca de 1mm de diâmetro.
Tipo biológico: terófito;
Família: Amaranthaceae;
Distribuição: planta originária da América do Norte, introduzida em grande parte do mundo, na maior parte dos casos para fins ornamentais. Com frequência escapada de cultura, acabou por se naturalizar noutras regiões do globo, incluindo na Península Ibérica. 
Em Portugal, além de presente como planta cultivada para fins ornamentais, ocorre como subespontânea no território do Continente, supostamente confinada à Estremadura e Beira Litoral.
Floração: de Maio a Dezembro.
(Avistamento: Almada; 15 - Julho - 2023)
(Clicando sobre as imagens, amplia)

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Plantas ornamentais: Budleia (Buddleja davidii)



Budleia (Buddleja davidii Franch.)

A Budleia também designada vulgarmente por Flor-de-mel é originária da China, mas é considerada como naturalizada em muitas outras partes do globo. Em Portugal é cultivada como planta ornamental, encontrando-se, com frequência em parques e jardins, públicos e particulares.
Classificação: Divisão: Magnoliophyta; Classe: Magnoliopsida; Ordem: Lamiales; Família: Scrophulariaceae; Género: Buddleja.
(Avistamento: Casa da Cerca - Almada; 13 - Julho - 2023)
(Clicando nas imagens, amplia)