terça-feira, 8 de setembro de 2015

Epipactis fageticola



Epipactis fageticola (C.E.Hermos.) Devillers-Tersch. & Devillers 

Erva perene, rizomatosa, (tipo biológico: geófito), com rizoma cilíndrico, raízes carnudas, robustas, numerosas; caules  verde-amarelados, com  20 a 60cm, normalmente solitários, por vezes agrupados 2 a 4, glabros na base e com alguma pilosidade na parte superior; folhas caulinares ( 2 a 7)  verdes, brilhantes, mais escuras que o caule; inflorescência com 5 a 15 cm, laxa, agrupando 5 a 35 flores claramente pendentes, pouco ou nada aromáticas.
Família: Orchidaceae;
Distribuição: Península Ibérica e Sudeste da França, havendo também notícia da sua presença localizada na Suíça.
Em Portugal aparentemente não é muito vulgar. De facto, por ora,  o portal Flora.on,  regista apenas 4 avistamentos (2 na Beira Alta e outros tantos em Trás-os-Montes). Segundo a Flora Iberica a espécie aparece também no Alto Alentejo. 
Ecologia/habitat; surge na orla, em clareiras e sob coberto de bosques ribeirinhos, bem como de outros bosques de árvores de folha caduca, como carvalhos, castanheiros e faias, em terrenos húmidos, a altitudes entre 400 e 1500m.
Floração; de Junho a Agosto.
[Local e data: Vinhais (Trás-os-Montes); 25/26 - Junho - 2015]

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Bufonia macropetala






Bufonia macropetala Willk.
Erva perene (tipo biológico: caméfito)  mais ou menos lenhosa na base, com os talos floríferos erecto-ascendentes, algo tortuosos, que podem elevar-se até cerca de 30/40cm.
Família:Caryophyllaceae;
Distribuição: Presente na Península Ibérica e, alegadamente, também em Marrocos. Em Portugal a sua ocorrência parece limitada à Beira Baixa, Beira Litoral e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: fendas e concavidades de rochas geralmente de natureza granítica, xistosa e/ou quartzítica, com frequência nas margens de cursos de água ou em leitos de cheia, a altitudes até 1900m.
Floração: de Junho a Novembro.
[Local e data: Rio Ponsul (Castelo Branco); 29 - Agosto - 2015].
(Clicando nas imagens, amplia)

Lugar onde



(Coordenadas: 39.76609 - 7.44821)

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Lythrum hyssopifolia







Lythrum hyssopifolia L. 
Erva anual (tipo biológico: terófito) glabra, com 20 a 40 cm, ramificada desde a base, com caules erectos ou, frequentemente, prostrados; folhas lanceoladas, sésseis, uninérvias, por via de regra, inteiras; flores hexâmeras, com pétalas de cor púrpura claro, surgindo solitárias nas axilas foliares. 
Apresenta grandes semelhanças com a congénere Lythrum junceum. Para as distinguir recomenda  o Portal Flora.on que se atente nos estames das flores: o L. junceum, apresenta "pelo menos 6 estames excertos, isto é, salientes da flor" enquanto que no L. hyssopifolia, não há "nenhum estame saliente".
Família: Lythraceae;
Distribuição: Planta cosmopolita e, como tal, dispersa pela maior parte do globo. Em Portugal ocorre, quer no território do Continente, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: areais húmidos, nas margens de cursos de água, charcos e lagoas temporárias a altitudes até 1200m.
Floração: de Abril a Setembro.
[Locais e datas: Meca - Alenquer; 13 - Maio - 2014 (fotos 1 e 3); Troviscal - Sertã; 9 - Julho - 214 (foto 2); Rio Erges, na fronteira de Segura; 22 - Agosto - 2015 (fotos restantes)]

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Camédrios-de-água (Teucrium scordium subsp. scordium)





Camédrios-de-água * (Teucrium scordium L.subsp. scordium)
Erva perene, rizomatosa (tipo biológico: hemicriptófito) com indumento de pêlos compridos (cerca de 2mm) e outros mais curtos, glandulosos. Apresenta caules erectos ou ascendentes, ramificados; com cerca de 30 cm; folhas sésseis; de forma variável; flores com corola tubular unilabiada, de cor que pode ir do creme ao  lilás, passando pelo rosa, ou púrpura, dispostas (2 a 8) em número variável de verticilos (até 20 no ramo central e até 10 nos ramos laterais)
Família: Lamiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica; Europa Central e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal ocorre em boa parte do território do Continente, desde o Algarve até ao Minho e Trás-os-Montes, conquanto pareça não ser espécie muito comum, atendendo oa número de registos existentes no Portal Flora.on. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: em locais húmidos ou encharcados, em clareiras e sob coberto de bosques, designadamente de amieiros;  nas margens de cursos de água, de lagoas, charcos, pântanos e albufeiras. Por vezes em locais próximos do litoral e com alguma salinidade. Desenvolve-se em diversos tipos de substrato a altitudes até 1400m. 
Floração: de Abril a Setembro;
*Outros nomes comuns:   Escórdio; Escórdio-bastardo; Seixebra:
(Local e data; afluente do Rio Ponsul; 29 -Agosto - 2015)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Revisitação: Lindernia dubia



Lindernia dubia (L.) Pennell
Já não é a primeira vez que a Linderna dubia aparece neste espaço. De facto, já aqui tinha feito a sua estreia. As deficientes imagens então publicadas é que não faziam inteira justiça à beleza da planta, motivo mais que suficiente para esta revisitação. Ficam as imagens. O texto publicado na altura julgo manter-se actualizado.
(Local e data; Rio Erges, na fronteira de Segura; 22 - Agosto - 2015)
(Clicando nas imagens, amplia)

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Glinus lotoides










Glinus lotoides L.
Erva anual (tipo biológico: terófito), coberta por indumento formado por pêlos curtos e densos que lhe conferem um tom acinzentado, com caules (10 a 60cm), prostrados, semi-prostrados ou decumbentes,  ramificados e dispostos em forma de roseta a partir da base.
Família: Molluginaceae;
Distribuição: É uma espécie cosmopolita, com presença generalizada nas regiões tropicais;  na região mediterrânica e no Sul da Europa).
Em Portugal a sua distribuição está limitada a algumas regiões do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura e Ribatejo).
Ecologia/habitat: locais arenosos nas margens e nos leitos de cheia  de cursos de água; outros sítios húmidos e/ou temporariamente encharcados.
Floração: de Abril a Outubro;
(Local e data: Rio Erges, na fronteira de Segura; 22 - Agosto - 2015)
(Clicando nas imagens, amplia)

Lugar onde:


(Ponte sobre o Rio Erges e aspecto do respectivo vale a montante,  na fronteira de Segura)

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ulmária (Filipendula ulmaria)






Ulmária * [Filipendula ulmaria (L.) Maxim.**]
Planta perene, rizomatosa, (tipo biológico: geófito) com caules erectos, em geral, glabros, simples ou ramificados na parte superior, podendo atingir até cerca de 2m de altura;.
Família: Rosaceae;
Distribuição: grande parte da Europa, mas rara ou inexistente na Região Mediterrânica; em parte da Ásia. Encontra-se também na América do Norte como espécie introduzida e naturalizada.
Em Portugal a sua presença, como planta autóctone, está limitada ao Minho e a Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: Lameiros, margens de cursos de água, castinçais, soutos e carvalhais, em terrenos permanentemente húmidos, a altitudes até 1600m.
Floração: de Junho a Outubro., 
*Outros nomes comuns: Erva-ulmeira; Erva-das-abelhas; Rainha-dos-prados;
**Sinonímia: Spiraea ulmaria L. (Basónimo)
(Local e data: concelho de Vinhais (Trás-os-Montes); 26 - Junho - 2015)

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Tápsia (Thapsia transtagana)

(1)

(2)

(3)



Tápsia (Thapsia transtagana Brot.)
Erva perene (tipo biológico; hemicriptófito) com caules, de secção circular, robustos, que podem alcançar até 150cm de altura; folhas basais muito desenvolvidas, de contorno variável, penatissectas com segmentos de última ordem lanceolados, ou oblongos, obtusos ou agudos, em qualquer caso, rígidos e ásperos ao tacto; flores com corola de amarelo intenso agrupadas em umbelas de umbélulas, umas e outras desprovidas de brácteas.
Distribuição; Península Ibérica e Noroeste de África.
Presente em Portugal apenas no Sul e Centro do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo e provavelmente também na Beira Baixa)
Ecologia/habitat: Relvados nitrificados; bermas de estradas e caminhos; clareiras de pinhais e azinhais, em substratos calcários, margosos ou arenosos, a altitudes até 1000m.

Floração: de Março a Junho. 
[Locais e datas; Paderne (Algarve) 25/28 - Março -2014; Alcáçovas (Alentejo) 12 - Abril - 2015]

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Melampyrum pratense subsp. latifolium







Melampyrum pratense L. subsp. latifolium Schübl. & G.Martens  
Erva anual (tipo biológico: terófito) com caules (15 a 60 cm), em geral, bastante ramificados; folhas lanceoladas ou linear-lanceoladas, curtamente pecioladas. Apresenta brácteas relativamente grandes, com as superiores, por regra, profundamente dentadas; flores tubulares, bilabiadas, amarelo-pálidas ou esbranquiçadas, eventualmente bicolores, com tubo direito, 3 a 4 vezes mais comprido que os lábios; fruto formado por uma cápsula ovóide, glabra, algo comprimida e com a extremidade um tanto encurvada.
Família: Orobanchaceae;
Distribuição:  Europa (sobretudo Europa Central e Setentrional)  e Noroeste da Ásia;
A ocorrência da espécie em Portugal está limitada às regiões mais a Norte do território do Continente (Minho, Trás-os-Montes, Beira Alta e Douro Litoral)
Ecologia/habitat: desenvolve-se no interior e na orla de bosques de árvores caducifólias ou, eventualmente, de coníferas, a altitudes entre 200 e 1900m. É uma espécie que tolera bem a sombra.
Floração: de Abril a Agosto.
[Local e data: Vinhais (concelho); 26 - Junho - 2015]
(Clicando nas imagens, amplia)